"É importante continuar a fazer o que fazemos" - Q36.5 e Tom Pidcock entram na última semana da Vuelta com o pódio à vista

Ciclismo
segunda-feira, 08 setembro 2025 a 15:00
TomPidcock (2)
O segundo dia de descanso da Volta a Espanha 2025 confirma aquilo que poucos antecipavam no início da corrida: Tom Pidcock continua firme na luta pelo pódio. O britânico da Q36.5 Pro Cycling Team ocupa o 3º lugar da classificação geral, a 2:38 de Jonas Vingegaard, e entra no bloco final com 32 segundos de vantagem sobre Jai Hindley e 52 sobre Felix Gall.

Entre dois mundos: a luta pela vitória e a corrida pelo pódio

O diretor desportivo Alex Sans Vega descreve bem a realidade da corrida neste momento: “Agora há duas corridas. Uma pela vitória da Vuelta entre Vingegaard e Almeida, e outra pelo pódio com Tom, Hindley e Gall e, possivelmente, com Pellizzari, Riccitello e Kuss. As diferenças são pequenas e todos têm capacidades semelhantes no contrarrelógio. Acho que vai ser renhido até à Bola del Mundo.”
Com as margens tão curtas, a regularidade e gestão de esforço serão decisivas. Além disso, o tempo instável esperado na última semana pode introduzir mais incerteza.

“Continuar a fazer o que fazemos”

Para a Q36.5, a receita é simples: não mudar nada. O plano que trouxe Pidcock até aqui passa por uma estrutura sólida à sua volta, protegendo-o até aos momentos-chave. “É importante continuar a apoiar o Tomás da melhor forma possível, mantendo-o sempre bem colocado. Vemos já sinais de cansaço no rosto dos ciclistas, mas isso é normal ao fim de duas semanas. Podemos estar orgulhosos do que alcançámos até agora”, afirmou Sans Vega.

Camprubi a recuperar, Christen a resistir

Dois dos pilares desse apoio são Marcel Camprubi e Fabio Christen. O jovem catalão reconhece que sofreu bastante na segunda semana, sobretudo após alguns problemas físicos no País Basco: “Nas etapas do País Basco estive um pouco doente. Depois, todas as subidas eram intermináveis. Felizmente, comecei a sentir-me melhor na segunda metade da semana. Angliru não foi mau para mim e senti o apoio incrível das pessoas à beira da estrada. Dá mesmo aquela vibe de Grande Volta.”
Já Christen fala num esforço de sobrevivência, com o foco na chegada a Madrid: “Estou cansado. Esta semana foi de resistência, não me senti tão forte como na primeira. Agora espero que a terceira semana traga algumas oportunidades para mim. As multidões têm sido fantásticas e isso ajuda muito nas longas subidas.”

Uma oportunidade rara

Com dois favoritos bem destacados (Vingegaard e Almeida), Pidcock sabe que a luta pelo pódio será feroz. O britânico já provou a sua classe no BTT e nas clássicas, mas nunca tinha estado tão próximo de um top-3 num Grande Volta.
Agora, com a regularidade como arma e uma equipa que acredita, a oportunidade está em cima da mesa. O contrarrelógio da 18ª etapa e a subida final à Bola del Mundo serão os seus verdadeiros testes de fogo.
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