Quinn Simmons teve de se contentar com o segundo lugar na sexta etapa da
Volta a França 2025, depois de ver Ben Healy lançar um ataque demolidor a 40 kms da meta, que lhe valeu uma vitória em solitário. O norte-americano da
Lidl-Trek ficou com o prémio de consolação de ter sido o melhor dos restantes, mas não escondeu a frustração no final da etapa.
"Se eu estivesse na roda dele quando ele atacou, teria sido óptimo", confessou Simmons. "Mas ele jogou bem, surpreendeu-nos. Comecei no segundo grupo, com um ataque que estava inicialmente planeado para a vitória. Mas, infelizmente, havia outro à minha frente."
A ofensiva de Simmons conseguiu reduzir o grupo perseguidor a apenas dois elementos: o próprio e Michael Storer. Apesar do bom entendimento entre ambos, não foram capazes de retirar tempo face ao inspirado irlandês, que voou até à meta.
"Ele foi super forte", reconheceu o campeão dos Estados Unidos sem rodeios. Ainda assim, o desapontamento era evidente: "Este terreno montanhoso é feito à minha medida. Foi uma grande oportunidade que perdi".
Quinn Simmons gosta de ciclismo de ataque e vai à luta
Com esta exibição, Simmons deverá conquistar mais liberdade dentro da Lidl-Trek nas próximas etapas, ainda que continue a ter um papel fundamental no apoio a Jonathan Milan nos dias destinados aos sprinters. "Tudo se resume à ambição da equipa e a quem queremos apoiar neste tipo de etapas. Já apresentei a minha proposta, mas continuamos com o Johnny para os sprints. Ainda há duas boas oportunidades esta semana."
O norte-americano aproveitou também para recordar um episódio marcante da sua estreia na Grande Boucle. "Parece que gosto de sofrer na sexta etapa da Volta a França, pois foi o mesmo caso na minha primeira Volta, quando Wout van Aert me bateu", brincou.
Apesar dos reveses, Simmons não perdeu a garra nem a vontade de correr ao ataque. "Mas estar de volta à frente da corrida e poder correr por mais, é óptimo. Os meus dois primeiros Tours foram sobretudo para me aguentar e é sempre melhor sofrer na frente do que sofrer lá atrás."