Jonathan Vaughters queixou-se dos pontos UCI numa entrevista recente, mas também elogiou o estilo de corrida da sua equipa e dos seus ciclistas. Entre eles, Richard Carapaz, um ciclista de topo para as classificações gerais, que após algumas grandes voltas sem estar ao melhor nível, voltou a estar em grande no Tour, onde ganhou uma etapa e a classificação da montanha, porém o grande regresso às boas gerais seria na Vuelta, onde fechou na 4ª posição.
Marcou uma série de pontos UCI que são vitais para a equipa se manter à tona no World Tour, mas em declarações ao Rouleur Live Vaughters diz que não quer colocar essa pressão sobre os seus rivais. "Não quero voltar a ver-nos nessa posição, porque gosto de correr no tudo ou nada. E os ciclistas que temos, como Ben Healy ou Richard Carapaz, são tipos que também gostam de correr tudo ou nada".
"O Richard é o ciclista mais talentoso com quem já trabalhei. É incrivelmente dotado, mas é um pouco como um cavalo selvagem. Eu diria que ele é tudo menos o tipo de atleta muito programado, muito concentrado e estudioso que estamos a ver a competir ao mais alto nível neste momento - o muito mecânico e robótico".
A equipa não tem poder de fogo para se equiparar a outras durante os dias de montanha nos Grand Tours, mas com um bom planeamento conseguiu colocar os seus homens ao serviço de Carapaz na Vuelta. O trepador explosivo seguiu as suas próprias ambições, ao mesmo tempo que deu liberdade à equipa para perseguir os seus próprios resultados.
"Ele é o oposto de Jonas Vingegaard, alguém que tem cuidado com a sua dieta e com o que está a fazer nos treinos 365 dias por ano", disse Vaughters sobre o antigo vencedor do Giro d'Italia. "O Richard chega a grandes picos emocionais e tem um ótimo desempenho quando está nesse pico emocional. E quando não está, não é tão mecânico, robótico e concentrado, e vive a sua vida, certo?"
Apesar de este tipo de corrida ser benéfico e espetacular, Vaughters compreende que Carapaz nem sempre corre ao máximo das suas possibilidades, devido à falta de atenção que as outras equipas dão ao desempenho. "Por isso, com ele, temos de perceber que, embora por vezes seja frustrante que o seu verdadeiro potencial e talento nem sempre se manifestem, isso é apenas o que ele é como pessoa, e temos de contornar isso e descobrir como tirar o melhor dele. Ele tem de o querer primeiro, não o posso forçar".
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— EF Pro Cycling (@EFprocycling) July 21, 2024