Elia Viviani acredita que em Itália há um ciclista à altura de bater Pogacar e Van der Poel na Milan-Sanremo

Ciclismo
domingo, 21 dezembro 2025 a 11:00
ganna
Em 2025, vários corredores de topo anunciaram o fim de carreira. Entre eles está o sprinter italiano Elia Viviani, que pendura a bicicleta após um percurso brilhante tanto na estrada como na pista. Não se afasta, porém: assume o cargo de novo selecionador da equipa nacional italiana.
O veneziano terminou a carreira há poucas semanas, despedindo-se primeiro do pelotão de estrada no Giro del Veneto, antes de fechar o capítulo competitivo na pista nos Six Days de Gent. Dias antes, conquistara o título mundial na corrida de eliminação no Campeonato do Mundo de Pista, no Chile.
A carreira profissional de Elia Viviani começou em 2010, na Liquigas–Doimo. Ao longo dos anos, tornou-se um dos corredores italianos mais bem-sucedidos e consistentes, somando triunfos na estrada e na pista. No currículo profissional, contabiliza cinco vitórias em etapas na Volta a Itália, três na Volta a Espanha e uma na Volta a França, para um total impressionante de 90 triunfos.
Em declarações à Ansa, Viviani explicou que o novo papel de selecionador formaliza uma responsabilidade que já vinha assumindo. “Nos últimos anos, desde a medalha de ouro no Rio, tentei ser uma referência para os mais jovens e quero que isso continue”, referiu Viviani. “Já não estarei na bicicleta, mas os objetivos não mudam.”

Os Jogos Olímpicos como objetivo principal

Para Viviani, os Jogos Olímpicos continuam a ser o foco, independentemente do cargo. “Os Jogos, como atleta ou não, continuam a ser o sonho, e vamos trabalhar muito para isso. O desafio será cada vez mais difícil, porque desde o Rio ganhámos sempre pelo menos uma medalha de ouro e cada vez mais medalhas.”
Com estrelas estabelecidas no auge, a nova geração italiana também chega com força. Para Viviani, o futuro do ciclismo italiano é muito promissor. “Temos um excelente grupo: do Pellizzari ao Finn, passando pelo Tiberi, pelo Milan, que é o sprinter mais forte do mundo, e pelo Ganna, que sonha vencer a Milão–Sanremo ou a Paris–Roubaix.”
A pensar no próximo ciclo olímpico, Viviani sublinhou que a preparação já arrancou, apesar de faltarem mais de 2 anos e meio para o evento. “Los Angeles está mais perto do que parece e a qualificação está prestes a começar. Já estamos a pensar nos Jogos.”

Ganna poderá vencer a Milan–Sanremo?

Para Viviani, há um italiano capaz de vencer a Primavera num futuro próximo. “O Ganna é o atleta que pode ganhar a Milan–Sanremo. Quer também reconquistar o trono no contrarrelógio, e sabemos o quanto trabalha quando define um objetivo.”
“Temos o Milan de regresso ao Giro, o que é especial para nós italianos. Ter um italiano na Volta a França não é a mesma coisa. Muitos pistards podem adaptar-se e render, o grupo é bom. No ciclismo feminino, temos o grupo mais forte do mundo, não precisamos de uma renovação geracional”, concluiu.
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