Mads Pedersen voltou a confirmar o seu domínio absoluto na Volta à Itália 2025, vencendo com autoridade a etapa 5 e somando a sua terceira vitória em apenas cinco dias. Num final exigente, com um perfil típico para puncheurs e sprinters com resistência em subida, o dinamarquês da
Lidl-Trek mostrou mais uma vez por que veste com mérito a Maglia Rosa.
A jornada começou com a formação da fuga do dia, composta por Giosuè Epis (Arkéa – B&B Hotels), Lorenzo Milesi (Movistar Team) e Davide Bais (Team Polti VisitMalta), vencedor de etapa na edição de 2023. O pelotão, contudo, nunca concedeu grande liberdade, mantendo sempre o trio sob controlo.
Enquanto os fugitivos acumulavam quilómetros na frente, Pedersen mostrava ambição ao vencer o primeiro sprint intermédio do dia, aumentando a sua vantagem na luta pela Maglia Ciclamino. No segundo sprint, o dinamarquês voltou a conquistar o máximo de pontos disponíveis no pelotão, apesar da forte oposição de Jenson Plowright (Alpecin-Deceuninck).
A cerca de 40 quilómetros do final, Bais desferiu um ataque aos seus companheiros de fuga. Enquanto Milesi tentava recuperar a roda do compatriota, Epis perdia contacto e era rapidamente absorvido pelo grupo principal.
Com o início da subida categorizada, a 4ª categoria em Montescaglioso, o pelotão começou a fragmentar-se. Vários sprinters puros como Casper van Uden, Milan Fretin, Sam Bennett, Matteo Moschetti e Olav Kooij não conseguiram seguir o ritmo e ficaram para trás. Curiosamente, o próprio Pedersen também sofreu temporariamente, perdendo posições perto do topo da subida.
A UAE Team Emirates – XRG assumiu o comando após a subida, imprimindo um ritmo forte que causou cortes importantes no grupo. Wout van Aert e Antonio Tiberi estiveram entre os nomes apanhados atrás, mas conseguiram regressar ao grupo principal quando a corrida entrou nos últimos 20 quilómetros. Esse aumento de intensidade teve impacto direto na frente da corrida, com Bais e Milesi a serem finalmente alcançados a pouco mais de 13 km do final.
Nos derradeiros 4 quilómetros, Van Aert abandonou completamente a disputa, confirmando as suas palavras antes da etapa de que ainda não estava em forma para lutar por vitórias. Sem a habitual zona de neutralização para os homens da geral nos últimos 3 km, o posicionamento tornou-se caótico, com Primoz Roglic a mostrar-se atento e a surgir na frente do pelotão a 2 km da meta.
Com Mathias Vacek a impor o ritmo no início da última subida, parecia que Pedersen estaria fora da luta, caindo algumas posições no grupo. No entanto, o dinamarquês reapareceu no momento decisivo, colando-se à roda do checo no último quilómetro.
Num sprint final disputado entre Pedersen,
Edoardo Zambanini e
Tom Pidcock, a potência do dinamarquês voltou a fazer a diferença. Com um arranque fulminante, deixou os rivais para trás e selou mais uma vitória numa Corsa Rosa onde, até agora, não há ciclista mais decisivo.