Vicenzo Nibali disse-o recentemente numa entrevista à Marca: "Para
Enric Mas, a
Volta a Itália seria perfeita". E a verdade é que o maiorquino e a
Movistar Team deveriam repensar uma mudança de estratégia e optar por um calendário diferente do dos últimos anos.
Por uma razão ou outra, Enric Mas completou as duas últimas e decepcionantes corridas da Volta à França, nas quais não conseguiu brilhar e não pôde estar ao lado dos melhores ciclistas. No ano passado, também não foi capaz de o fazer sempre que competiu, nem no início da campanha, em corridas de uma semana, nem numa Volta a Espanha em que não conseguiu mais do que um sexto lugar.
É por isso que, uma vez que foi confirmado que nem Tadej Pogacar nem Remco Evenepoel irão montar o Corsa Rosa, nem Jonas Vingegaard ou Primoz Roglic, Enric tem uma grande oportunidade de tentar ganhar a sua primeira grande volta.
Na Vuelta a foi segundo por 3 vezes. Em 2018, muito jovem, não conseguiu vencer Simon Yates. Em 2021 e 2022, já no seu auge, não conseguiu vencer Primoz Roglic e Remco Evenepoel. Não consegue vencer os melhores ciclistas do mundo. Pelo menos não o conseguiu até agora na sua carreira. Mas provou ser um dos melhores do segundo grupo de favoritos e, dado que parece que, num ano com Jogos Olímpicos e uma Taça do Mundo de montanha, nenhum dos grandes está a apostar no Giro, pode estar perante a sua grande oportunidade.
Alguns de vós podem perguntar-se porque é que ele não aposta na Vuelta. Se falamos de rivais, talvez na ronda espanhola ele os encontre em maior número, não sabemos se Primoz Roglic vai querer procurar o quarto lugar para igualar Roberto Heras ou se Jonas Vingegaard vai voltar a dobrar para conseguir o que não conseguiu este ano.
É verdade que há 68 quilómetros de contrarrelógio que não lhe convêm, mas também é verdade que tem montanhas muito duras e que não perderá tanto tempo nos ITT como perderia com um Evenepoel ou um Pogacar na lista de participantes.
Enric, está na altura de experimentar o Giro.