O bom gigante como é conhecido, nasceu em Salto no Uruguai há 29 anos e hoje fomos encontrá-lo como sempre, calmo, com uma voz afável, com um olhar amigo e sempre prestável. Mauricio Moreira desceu do autocarro da Efapel Cycling e esteve uns minutos à conversa com o CiclismoAtual.
Não abordamos o passado, olhámos para o futuro e perguntámos-lhe como se sente na sua nova casa para a esta temporada "Senti-me muito bem recebido desde o primeiro dia. Foram muitos anos sempre na mesma estrutura e uma mudança é sempre uma mudança, pode sempre trazer altos e baixos, mas sinto-me bem, sinto-me muito bem recebido, confortável e acho que isso é o mais importante"
Uma nova equipa trás mudanças não só nos equipamentos, nos métodos de trabalho e na orientação e objectivos para as corridas. Na Efapel encontrou o vilacondense José Azevedo como director desportivo. "Eu olho para o Zé como ele é, como uma referencia a nível de ciclismo mundial. Foi um ciclista que esteve ao mais alto nível do ciclismo, por isso olho para ele com admiração, com respeito"
"Ouço sempre o que ele diz, os conselhos que ele dá, porque sei que podem trazer muitos benefícios para cada um de nós ciclistas e para a estrutura. Por isso para mim é uma alegria enorme te-lo como director desportivo porque nos transmite muita confiança"
Já não compete em corridas por etapas desde a Volta a Portugal do ano passado, quando abandonou a prova a caminho da Guarda e atem estado a trabalhar para conseguir voltar ao patamar que lhe é reconhecido. "Tenho tido uma preparação com altos e baixos, é muito tempo sem competir. Tenho treinado bem, mas apanhei algumas doenças no inverno e isso obrigou-me a levantar um pouco o pé nos treinos.
Voltou a competir na Prova de Abertura, para depois descansar e regressar na corrida espanhola. "Depois da prova de abertura tive que levantar um bocado o pé e isso gera altos e baixos nos treinos, mas acho que depois de entrar na rotina de competição tudo vai voltar ao normal"
A equipa tem um bom bloco e os grandes objectivos da época ainda vêm longe, no entanto mesmo a meses de distância, Mauricio não esconde o jogo "A Volta a Portugal continua a ser o grande objectivo do ano. Acredito que vamos fazer um bom trabalho para chegar bem e apesar de ainda faltar muito para a corrida. Estamos a trabalhar para isso."
O ciclista de Salto teve um infortúnio que o levou à mesa de operações o ano passado, para debelar um problema num dos joelhos. Agora, que passou um ano da cirurgia, quisemos saber como é que ele se sente e se o problema foi embora ou ainda deixou marcas "Tenho de conviver com este problema, é um problema crónico. Ás vezes é difícil. É chato, sabes. Ás vezes obriga-me a parar um bocado, a abrandar os treinos. Mas para já está a aguentar bem e isso é o que importa."