A controvérsia em torno da rescisão de contrato de
Maxim van Gils com a
Lotto Dstny é compreensível. Poucos meses depois de ter renovado por mais duas épocas com a equipa belga, van Gils abandona a equipa por decisão unilateral, provavelmente por influência do seu agente. No entanto, um comentador belga não ficou surpreendido com esta estranha situação.
"Não fiquei surpreendido com as notícias sobre Van Gils. A violação unilateral do contrato enquadra-se no perfil drasticamente alterado do ciclista de Antuérpia", afirmou
Michel Wuyts numa coluna para o Het Nieuwsblad, que contou uma história do jovem de 24 anos que não deixou a melhor impressão.
Wuyts recorda um incidente na Taça do Japão de 2023, em que uma colisão com o compatriota Amaury Capiot teve uma reação curiosa: "O facto de Capiot e outros ciclistas caídos se sentirem combalidos com a dor no chão não o incomodou muito. No dia seguinte, disse: "A culpa é dele. Não devia adormecer nem se distrair com meninas bonitas". "Desconcertante", foi um dos vereditos. Nojento era mais apropriado para tanta agressividade".
Agora, depois de uma temporada muito bem sucedida, acredita-se que as suas grandes performances, combinadas com equipas que precisam de líderes e/ou pontos UCI, fazem dele uma contratação muito atrativa. O seu agente Alex Carrera já o fez antes, há um ano, exatamente com Cian Uijtdebroeks, que decidiu unilateralmente deixar a BORA para se juntar à Team Visma | Lease a Bike.
"Com o sorriso largo do diretor Carrera em pano de fundo, esta transferência tresanda a oportunismo", diz Wuyts, sem poupar nas palavras. "O salário é multiplicado por quatro. Para além de Van Gils, Alex Carera também beneficiará com isto. Danos reputacionais? Van Gils deixará de se preocupar com isso em 2025". Continuamos a ver como a situação evolui, mas o próprio belga falou da situação e de como ele e a equipa esperam que este debate termine o mais rapidamente possível.