Evenepoel regressa em grande e aquece rivalidade com Pogacar rumo a Liège

Ciclismo
terça-feira, 22 abril 2025 a 16:00
pogacar evenepoel
Se dúvidas houvesse quanto ao estado de forma de Remco Evenepoel após seis meses sem competir, elas dissiparam-se rapidamente. O belga regressou às corridas com autoridade, conquistando a vitória na De Brabantse Pijl e um impressionante terceiro lugar na Amstel Gold Race – dois pódios em duas corridas que marcam o arranque da sua temporada de 2025.
No mais recente episódio do podcast Kop over Kop, os comentadores Jeroen Vanbelleghem, Karsten Kroon e Jan Hermsen analisaram o impacto imediato de Evenepoel e, inevitavelmente, a crescente rivalidade com Tadej Pogacar. “O desempenho de Remco na Brabantse Pijl foi já um dos momentos da época para mim”, confessou Vanbelleghem. “Bateu Wout van Aert ao sprint, e isso deu-lhe confiança para tentar o mesmo na Amstel. Infelizmente, acabou por não resultar.”
Kroon apontou precisamente essa decisão como o erro decisivo de domingo: “O Remco devia ter ido mais cedo. Se o tivesse feito, talvez Pogacar e Skjelmose tivessem sofrido mais. No fim, tivemos um sprint de 'cisnes moribundos’. Remco arrancou nos últimos 14 segundos, mas não foi suficiente para vencer.”
Vanbelleghem sugeriu ainda que Pogacar pode ter subestimado os rivais, na ausência de Mathieu van der Poel: “Sem Mathieu, ele talvez tenha pensado que controlaria os outros com facilidade. Mas enganou-se. Não foi dominador, e vimos que o Remco, que vinha de lesão, foi simplesmente o mais forte na corrida.”
Hermsen acrescentou que o resultado de sexta-feira poderá ter influenciado a abordagem tática do belga: “Se não tivesse vencido Van Aert ao sprint na Brabantse, talvez não tivesse apostado nesse cenário na Amstel.”

Rivalidade em ebulição

A relação entre Pogacar e Evenepoel começa a assumir contornos mais intensos, algo que os comentadores veem com entusiasmo: “A rivalidade entre eles é ótima”, destacou Vanbelleghem. “Com Van der Poel, o Pogacar é mais amigável, mas com o Remco há uma arrogância recíproca que aquece ainda mais a disputa. Isso torna tudo mais interessante.”
Para Kroon, o momento em que Evenepoel passou Pogacar na Amstel simboliza essa dinâmica: “Foi espetacular ver o Remco a ultrapassar o Pogacar a fundo. Mas o Skjelmose ainda tinha algo guardado e acabou por surpreender ambos.”

Liège no horizonte

Com a Liège-Bastogne-Liège marcada para domingo, a expectativa cresce para o primeiro grande duelo direto entre Pogacar e Evenepoel em terreno que ambos já dominaram no passado. “Seria um sonho ver um duelo entre os dois até ao fim”, concluiu Vanbelleghem. “Como os grandes clássicos de outros tempos, como Vandenbroucke e Bartoli. A La Redoute e a Roche-aux-Faucons prometem espetáculo.”
A rivalidade está acesa. E Liège poderá marcar o momento em que as faíscas se transformam em chama.
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