Ex-campeão britânico de estrada sobre o incidente da Paris-Roubaix: "É preciso fazer desta pessoa um exemplo, quer estivesse bêbeda ou não"

Ciclismo
terça-feira, 15 abril 2025 a 17:30
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Mathieu van der Poel conquistou no domingo a sua terceira vitória consecutiva na Paris-Roubaix, reforçando o estatuto de lenda viva nas Clássicas do Norte. Contudo, o feito desportivo ficou ensombrado por um grave incidente ocorrido durante a corrida: o neerlandês foi atingido na cara por um bidão arremessado por um espectador.
“Foi uma tentativa de homicídio!”, declarou um visivelmente indignado Van der Poel ao Sporza, no rescaldo da prova. “Foi uma garrafa cheia e doeu muito. Se me tivesse atingido no nariz, tê-lo-ia partido. Espero que consigam identificar a pessoa. Isto não pode passar impune.”
O ciclista da Alpecin-Deceuninck revelou ainda ter sido alvo de outros comportamentos hostis por parte da multidão, incluindo cuspidelas e tentativas de interferência com a sua bicicleta. Apesar do incidente, Van der Poel não perdeu a concentração e ergueu os braços no Velódromo de Roubaix pela quarta vez na carreira.
O autor do arremesso já se entregou às autoridades e reconheceu o erro, mas para Matt Stephens, comentador da Eurosport e da TNT Sports, não deve haver complacência: “Em primeiro lugar, trata-se de uma agressão, porque alguém atirou um objeto com uma intenção clara e extremamente precisa. Já vimos isto no ciclismo, vimos isto em Roubaix no ano passado. É preciso fazer desta pessoa um exemplo”, defendeu o ex-campeão britânico no Ultimate Cycling Show.
Stephens deu razão à gravidade com que Van der Poel classificou o episódio: “Quer estivessem bêbados ou não, quer tenham sido apenas imprudentes. Se foi intencional, é muito mais grave. Mas se ele tivesse caído e fracturado o crânio ou algo do género, temos de perceber que é por isso que Van der Poel está a dizer “tentativa de homicídio involuntário”, porque ele estava a andar a grande velocidade em cima de paralelepípedos."
O antigo ciclista sublinhou ainda a importância de agir de forma firme: “É preciso acabar com este tipo de situações e, se não forem tomadas as medidas corretas, isso só abre a porta a que outras pessoas façam o mesmo, quase impunemente. Já vimos isto no nosso desporto, não tem cabimento e espero que a lei seja muito firme com esse espectador para dar o exemplo e dizer: 'No nosso desporto, isto não é aceitável'"
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