Fredy Gonzalez Torres, antigo médico da equipa Arkéa-Samsic e responsável pelo acompanhamento clínico de Nairo Quintana durante os seus anos na formação francesa, foi condenado a uma pena de prisão suspensa e a uma multa significativa, na sequência de um processo judicial por práticas médicas ilícitas.
O julgamento, iniciado no mês passado, concluiu-se esta manhã em França com a declaração de culpa por parte do tribunal. Ficou provado que Gonzalez administrou substâncias proibidas com fins de melhoria de rendimento a Nairo e ao seu irmão Dayer Quintana. A investigação remonta a 2020 e surgiu no seguimento de suspeitas levantadas durante a Volta a França daquele ano.
Recorde-se que, em 2022, Nairo Quintana testou positivo para Tramadol em dois controlos distintos durante a Volta a França — substância proibida pela UCI, embora não pela WADA, devido aos riscos que representa para a saúde. Como consequência, o colombiano foi desclassificado da classificação geral, onde tinha terminado em 6.º lugar, e os seus resultados foram anulados.
Apesar de não ter sido formalmente suspenso pela UCI, Quintana ficou sem contrato durante toda a temporada de 2023, apenas regressando ao pelotão WorldTour este ano com a Movistar.
Este desfecho judicial lança nova luz sobre um capítulo sombrio da carreira do colombiano, levantando questões sérias sobre o controlo médico dentro das equipas e a responsabilidade dos profissionais de saúde no ciclismo profissional.
Jugé pour dopage à Marseille, Fredy Alexander Gonzales Torres, le médecin personnel de Nairo Quintana avec Arkéa sur le Tour 2020, a écopé d'une peine de six mois de prison avec sursis. https://t.co/RsCmccG4w4 pic.twitter.com/kYgAB4jGAR
— L'ÉQUIPE (@lequipe) April 2, 2025