O ciclismo voltou a temer o pior na
Volta à Polónia, há duas semanas, quando
Filippo Baroncini, da
UAE Team Emirates - XRG, sofreu uma violenta queda que o deixou em coma, devido à gravidade das lesões faciais e da coluna vertebral. Duas semanas depois da queda, o ciclista italiano já não se encontra em coma induzido, com os médicos a confirmarem mais um passo positivo na sua recuperação.
Baroncini caiu de forma aparatosa durante a 3ª etapa da Volta à Polónia, num dia marcado por múltiplos incidentes que levaram mesmo à neutralização da corrida. Entre os envolvidos estiveram o então líder da geral Paul Lapeira, o campeão nacional polaco Rafal Majka e o então candidato à classificação geral Mathias Vacek. No entanto, a situação mais grave foi a de Baroncini, que perdeu os sentidos e ficou em estado crítico.
O compatriota Jacopo Mosca descreveu o momento dramático:
"Infelizmente, vi o Baroncini e desejo-lhe as maiores felicidades, porque foi uma cena horrível de presenciar. Sei que ele está em boas mãos, mas pessoalmente fiquei muito abalado. Vi-o completamente imóvel, numa má posição, encostado a um muro. Fiquei aliviado por ver que ele estava a respirar, porque podia ter sido uma tragédia."
O ciclista foi imediatamente colocado em coma induzido, dada a gravidade dos ferimentos, como confirmou o diretor-geral da Emirates, Mauro Gianetti:
"Não sofreu danos em nenhum órgão vital durante a queda, a vida de Filippo não está em perigo. O nosso ciclista está em coma induzido. Os médicos colocaram-no sob sedação profunda e o seu estado é estável."
Baroncini foi depois transportado de avião para Itália, ainda sob forte vigilância médica.
Este sábado, o Corriere di Romagna trouxe finalmente boas notícias. Duas cirurgias depois e precisamente duas semanas após a queda, o italiano despertou do coma após ter sido estabilizado com sucesso. Uma das operações, relativa às extensas lesões faciais, prolongou-se por 11 horas de trabalho cirúrgico.
Baroncini permanece internado nos cuidados intensivos, mas a possibilidade de ser transferido para uma unidade de enfermaria já não está descartada, dependendo da evolução clínica nos próximos dias.