Finn Fisher-Black há muito que é visto como um ciclista com um enorme potencial. No entanto até ao momento, apesar de ter passado pela Jumbo-Visma e pela UAE Team Emirates, o neozelandês de 23 anos ainda não conseguiu mostrar o seu melhor nível. Será que a sua mais recente transferência para a
Red Bull - BORA - hansgrohe, poderá tornar-se no desbloqueador do verdadeiro potencial de Fisher-Black?
De acordo com o próprio Fisher-Black, grande parte da recente estagnação no seu desenvolvimento poderá ser atribuída a uma queda em que partiu o fémur na edição da 2022 da Boucles de la Mayenne. "Estava a fazer uma boa trajetória e a dar passos em frente, mas isso tirou-me o fôlego. Eu meio que estagnei. Tive de começar do zero novamente e tive que construir tudo de novo", r
elembra em conversa com a Rouleur.
Apesar de nos escalões de juniores Fisher-Black ser um atleta que dominava as corridas, agora tem tido mais dificuldade em obter vitórias a nível de elites, somando apenas 4 no seu palmarés até à data. "Pensavam que eu ia começar logo a ganhar corridas. Demorei algum tempo a regressar a esse nível. Nos últimos anos, melhorei, consegui ganhar quatro corridas em 2024".
Independentemente das melhorias registadas em 2024, Fisher-Black está confiante de que fez a escolha certa ao trocar a UAE Team Emirates - XRG pela Red Bull - BORA - hansgrohe. "Todos os anos trazem mais e mais. Quando se está lá durante alguns anos, começa-se a encaixar no molde daquilo que a equipa espera que se seja e começa-se a acreditar nisso", explica. "Era suposto eu ir para as corridas como domestique na maior parte do tempo, mas só tenho 23 anos e acho que sou demasiado novo para me ficar por ali. Sempre precisei de pessoas que me apoiassem e acreditassem que eu podia alcançar resultados, especialmente ao mais alto nível. Na UAE não sentia que precisasse de obter resultados, porque tínhamos muitos homens que eram bons. Ia para uma corrida e na maioria das vezes, outro elemento da minha equipa ganhava."
"É interessante deixar uma equipa que já está no topo como a UAE Team Emirates, que não precisam de fazer muito esforço para melhorar. O que interessa é mantermo-noa lá", continua Fisher-Black. "Agora vim para uma equipa que quer realmente subir na hierarquia e está a trabalhar em todos os aspectos. Isso é bom para mim e faz com que seja um projeto excitante."
Por isso, está ansioso pelo início da época de 2025. "O meu objetivo esta época é apenas ganhar, especialmente no World Tour. Quero concentrar-me nas Ardenas e a fisiologia dessas corridas assenta-me bem. Também adoro as Grandes Voltas e é aí que sinto que o ciclismo chega ao topo do mundo", conclui Fisher-Black. "Essa é a minha maior etapa e é para ela que vou trabalhar, pois é lá que quero correr."