A caminho de 2024, Julian Alaphilippe não terá o seu treinador de maior confiança, depois da saída do seu primo Franck da equipa Soudal - Quick-Step.
Em declarações ao Cyclism'Actu, Franck Alaphilippe explicou por que razão não está surpreendido com a saída da Soudal - Quick-Step. "Já estava à espera. Já tinha havido um primeiro alerta com tudo o que aconteceu à volta da fusão entre a Jumbo-Visma e a Soudal Quick-Step. Estando no fim do meu contrato, isso colocou-me numa situação mais do que delicada", explica. "Depois, quando soubemos que a fusão não se ia realizar, não fiquei mais sereno, mas atrevi-me a acreditar."
Nos últimos anos, o patrão da Soudal - Quick-Step, Patrick Lefevere, tem sido um crítico muito direto do antigo bicampeão do mundo, uma vez que a forma do francês tem vindo a diminuir. Franck Alaphilippe afirma que este facto foi um fator importante para tornar a sua situação algo delicada. "Houve tensões entre Patrick Lefevere e Julian, o que tornou a minha situação um pouco incerta, por isso não fiquei surpreendido."
"Sou o seu treinador até ao final de dezembro e, em relação ao futuro, estão em curso discussões com a equipa e com Julian. O que é certo é que nunca o vou desiludir", continua Franck. "Já falei com um diretor desportivo da equipa e ele acha que a melhor solução para o Julian é eu continuar a treiná-lo."
Como já foi referido, Alaphilippe não tem conseguido encontrar a sua melhor forma nas últimas duas épocas. No entanto, o seu primo está confiante de que 2024 pode ser um bom ano para o francês. "Ele ainda tem esperança e acredita que pode voltar a ser o grande Julian Alaphilippe, o que é muito importante", explica Franck. "Ele está motivado, dá a si próprio os meios e faz tudo para o conseguir."
"Julian sempre participou nas corridas para ganhar, pelo que ganhar pouco ou nada não lhe convém. Depois, veremos se ele consegue recuperar o seu melhor nível, o futuro dir-nos-á."