Geraint Thomas considera Jonas Vingegaard o principal favorito à vitória na Volta a França: "Não imagino que o Pog' vá melhorar, mas veremos se vai piorar muito"

Tal como Tadej Pogacar, Geraint Thomas está a tentar uma dobradinha Giro-Tour pela primeira vez na sua carreira. Mas enquanto o esloveno, que dominou a corrida rosa há um mês, também está na luta pela vitória na Volta a França, o galês de 38 anos já está fora das lutas pela classificação geral na primeira semana.

Mas mesmo sem o capitão da INEOS Grenadiers, a luta pela classificação geral está mais do que aberta após o primeiro bloco de corridas. Enquanto Pogacar lidera a classificação, Vingegaard não está muito longe, a 1 minuto e 15 segundos de distância. Quem irá vencer a Grand Boucle no final? "Eu diria o Jonas", disse Thomas ao Cyclingnews.

Pogacar estava forte na sua aceleração, tal como em anos anteriores, o que lhe permitiu ganhar algum tempo na etapa do Galibier. No entanto, Vingegaard poderá ter mais resistência nas subidas mais longas, argumentou Thomas, o que poderia ter mais impacto a longo prazo dado que todos os Pirinéus e a maior parte dos Alpes ainda estão para vir.

"Também há muitas subidas longas no final do Tour e, nessa altura, não vai ser uma questão de explosividade, vai ser uma corrida totalmente diferente. Por isso, a partir do próximo fim de semana, penso que isso favorece o Jonas, como seria de esperar pela progressão que ele também terá", analisou Thomas. "Não imagino que o Pog' vá melhorar, mas veremos se vai piorar muito".

"Ele continua a ser muito forte, mas só tivemos um dia de grande montanha e o Jonas esteve lá perto. O Pog' ganhou a maior parte do tempo na descida, por isso acho que está muito mais renhido do que as pessoas possam pensar", argumenta Thomas.

"Penso que vai ser uma última semana interessante, de certeza. Acho que o Pogacar não está de forma alguma mais fraco e esta segunda semana assenta-lhe muito bem. Diria que o Pog vai ficar contente com a liderança que tem neste momento, mas vimos o que aconteceu no ano passado", recorda Thomas, quando Vingegaard bateu o esloveno na última semana do Tour por uma margem colossal. "Por isso, penso que a Visma estará tranquilamente confiante em relação à posição em que o Vingegaard se encontra neste momento."