Durante a maior parte da década de 2010, o ciclismo de Grande Volta foi marcado pela rivalidade entre Chris Froome e Alberto Contador, com os dois a lutarem pelas Maillot Jaunes na Volta a França e pelas Camisolas Vermelhas na Vuelta a Espanha.
Recentemente, através do Geraint Thomas Cycling Club Podcast, Contador e Thomas refletiram sobre a rivalidade entre a Team Sky e o espanhol. "Foi uma grande batalha psicológica", começa o galês com um sorriso irónico. "Todas as corridas que antecederam o Tour, quando estávamos juntos em Tenerife, o Froomey também estava obcecado por ti (Contador). Ele estava sempre a dizer: "O Bertie está a fazer isto, o Bertie está a fazer aquilo! Era uma boa rivalidade".
Quando Contador se retirou, em 2017, o espanhol tinha somado 7 vitórias em Grandes Voltas (2x Volta a França, 3x Vuelta a Espanha, 2x Giro de Itália), com Froome a somar atualmente 7 vitórias (4x Volta a França, 2x Vuelta a Espanha, 1x Giro de Itália), o que demonstra o domínio de ambos no topo das grandes voltas no período referido.
"Foi sempre uma rivalidade com respeito", acrescenta Contador. "Lembro-me de um dia em Teide, esse dia foi difícil! Porque depois de três dias de treino muito duro, eu disse: Hoje, vou treinar com calma com os meus colegas". Normalmente, na última parte do campo de treinos, eu voo e os meus colegas vão para o carro porque estão cansados. Mas, de qualquer forma, vou com calma e vejo que a Team Sky está lá e penso: 'Lamento, mas o Chris Froome não pode passar-me, mesmo durante o treino'".
"Estou muito cansado, mas vou a todo o gás. 550 watts de potência, a todo o gás, a todo o gás", ri-se o espanhol. "Mas são estas as batalhas, mesmo fora da corrida. Penso que precisamos de um verdadeiro rival se quisermos melhorar o nosso próprio nível", conclui Contador, pensativo.