Em vésperas de iniciar a sua 20ª Grande Volta,
Geraint Thomas, de 37 anos, ainda tem ambições de vencer a corrida, especialmente depois de ter perdido por apenas 14 segundos a
Volta a Itália do ano passado. No entanto, o galês é realista quanto ao facto de já não lhe restar muito tempo no pelotão ao mais alto nível.
"Já consigo ver o fim e está muito próximo", disse o antigo vencedor da Volta a França à BBC Sport Wales, enquanto o seu parceiro de podcast "Watts Occurring" e companheiro de equipa de longa data da
INEOS Grenadiers, Luke Rowe, anunciava que 2024 seria o seu último ano como ciclista profissional. "Aproveitem-no ao máximo, desfrutem-no".
Tendo feito a sua estreia nos Grand Tours na Volta a França de 2007, Thomas tornou-se num dos mais conceituados ciclistas de CG da sua geração, com quatro pódios em Grandes Voltas, incluindo a Camisola Amarela da Volta a França de 2018. "Quando era miúdo, era isto que sonhava fazer, estar nas maiores corridas e disputá-las", afirma. "Por isso, estar aqui agora e numa das equipas mais fortes do pelotão, sendo um dos homens com uma verdadeira hipótese de poder vencer, é realmente uma loucura."
Apesar da tristeza por não ter vencido o Giro do ano passado, Thomas pode olhar para trás com orgulho: "Estar a vestir a camisola [do líder] durante metade da corrida e perdê-la no último dia não foi, obviamente, o ideal. Mas sinto que foi o Primoz Roglic que ganhou a corrida, em vez de ser eu a perdê-la", reflecte. "Acho que foi isso que me ajudou a ultrapassar essa fase, mas seria bom ter ganho, obviamente. Mas já levo 18 anos como profissional, a correr. Consegui o que consegui e sinto que tudo o que faça é um bónus, em vez de sentir que tenho de provar alguma coisa a alguém."
Se o galês quiser fazer melhor este ano, terá que enfrentar Tadej Pogacar. "Penso que no papel ele [Pogacar] é definitivamente o mais forte, mas, como todos sabemos, em qualquer desporto, muita coisa pode acontecer. Muita coisa pode correr bem, muita coisa pode correr mal e temos de acreditar que teremos uma oportunidade", conclui Thomas." Por isso, sim, estamos confiantes de que temos uma equipa forte e que podemos fazer alguma coisa nesta corrida."