Com 20 Grandes Voltas no currículo desde a sua estreia na Volta a França de 2007, Geraint Thomas, agora com 38 anos, garantiu o quinto pódio da carreira em corridas de três semanas, com o terceiro lugar na Volta a Itália de 2024. O galês sabe, no entanto, que não pode continuar nestas andanças por muito mais tempo.
"Penso que esta pode ser a última vez que corro para a classificação geral", diz o antigo vencedor da Volta a França à BBC Sport Wales, depois de ter reiterado os seus planos de acabar a carreira no final de 2025, quando o contrato com a INEOS Grenadiers chegar ao fim.
Depois de ter ficado a 14 segundos do vencedor do Giro, Primoz Roglic, em 2023, Thomas ficou muito mais longe desta vez, terminando em 3º lugar da geral a 10:24 de Tadej Pogacar. "É claro que tenho de saborear estes momentos agora. Podia retirar-me amanhã em Roma, para ser sincero, mas ainda me resta mais um ano e meio e estou a gostar", continua. "Quando sabemos que o fim está a chegar, damos mais valor ao que fazemos, porque sabemos que somos privilegiados por fazer o que fazemos."
"O Tadej tem um nível diferente e depois foi uma grande luta pelo segundo e terceiro lugar", reflete o galês. " Estou feliz por conseguir o terceiro. Estava a lutar pelo segundo lugar, corri o melhor que pude e dei tudo todos os dias, o que é tudo o que posso pedir. Muitas pessoas têm falado da minha idade há alguns anos e eu pensava 'Não, é um velho cliché, é apenas um número', mas é mesmo. Se nos empenharmos realmente em algo e tivermos a mentalidade certa, podemos fazê-lo durante muito tempo... Mas estou a sentir cada um desses anos neste momento! Foram três semanas muito longas".
Com planos para regressar à Volta a França dentro de pouco mais de um mês e com esperanças de competir nos Jogos Olímpicos no final do verão, o duplo medalhista de ouro olímpico ainda tem muitos objetivos a alcançar antes de pendurar a bicicleta.