A última
Volta a França de
Geraint Thomas arrancou com intensidade e não pelas melhores razões. A etapa inaugural da edição de 2025 foi marcada por quedas, cortes provocados pelo vento e perdas de tempo inesperadas, afetando não só alguns dos principais favoritos à geral, como também a própria
INEOS Grenadiers, que viu Filippo Ganna abandonar prematuramente e os seus dois líderes, Geraint Thomas e
Carlos Rodriguez, atrasarem-se nos quilómetros decisivos.
"Sim, foi stressante e caótico", confessou Thomas ao Eurosport, visivelmente desiludido após o final da etapa em Lille. "Obviamente, o Pippo teve uma pequena queda. Parecia estar tudo bem na altura, mas acho que ele pode ter batido com a cabeça ou algo do género e mandaram-no parar. Por isso, sim, não foi uma boa maneira de começar".
O galês, vencedor da prova em 2018 e uma das figuras históricas da INEOS, não conseguiu integrar o grupo da frente no momento decisivo da etapa e admite que a culpa foi sua. "Ao entrar nesta curva a 18 km do fim, estava um pouco preguiçoso, para ser honesto. Havia tipos da Lidl-Trek à minha frente e da Quick-Step atrás e pensei: 'Vou ficar bem, há aqui poder de fogo'. Mas o corte foi um pouco mais à frente e eu fiquei ali sentado a pensar no que devia ter feito. 19 anos como profissional e ainda cometo alguns erros estúpidos, não é?"
No mesmo grupo estavam outros nomes importantes como Remco Evenepoel, João Almeida, Florian Lipowitz, Primoz Roglic, Tim Merlier e Jonathan Milan, o que levou Thomas a acreditar que haveria colaboração suficiente para fechar a diferença. "Eu fiquei sentado e deixei-os à vontade", explicou. "Estavam lá muitos gajos. Obviamente, o Remco Evenepoel estava lá, o Primoz Roglic, o Tim Merlier, o Jonathan Milan, por isso pensei que teríamos uma boa hipótese de regressar. Mas, obviamente, eles tentaram fazer tudo para chegar à frente. Por isso, as coisas são como são".