GI Group Holding - Simoldes - UDO leva uma equipa jovem para a Volta a Portugal à procura de uma vitória de etapa, mas sem pressões: "Este ano seremos, talvez, a equipa menos bem apetrechada"

A GI Group Holding - Simoldes - UDO chega à Volta a Portugal com uma equipa muito jovem e talhada para a caça de etapas. Luís Gomes é o líder de um alinhamento que conta também com Rui Carvalho como homem mais forte para as montanhas, Francisco Guerreiro, vencedor da classificação da montanha na Volta ao Alentejo, e Noah Campos, campeão nacional de sub-23.

Gomes é um nome que já se destaca há vários anos no pelotão nacional. Um ciclista capaz de ganhar ao sprint, pode também ser classificado como um puncheur, sendo favorito à vitória em dias de média montanha, seja numa chegada em pelotão mais reduzido ou a partir de uma fuga. Ainda não ganhou este ano, mas é um ciclista combativo e não deverá passar despercebido na Volta.

Rui Carvalho será o homem das montanhas numa equipa que não apresenta um bloco ambicioso para esse tipo de terreno. Nunca ganhou como profissional, pelo que será interessante ver o que faz com tanta liberdade dentro da equipa de Oliveira de Azeméis.

Não sendo um puro trepador, Francisco Guerreiro já se mostrou a um bom nível em dias acidentados, por mais do que uma ocasião. A camisola da montanha na Volta ao Alentejo e uma vitória de etapa no GP Douro Internacional são os maiores destaques da época do irmão de Ruben Guerreiro. É um ciclista com uma boa ponta final, pelo que pode muito bem ganhar a partir de grupos reduzidos.

Noah Campos teve uma excelente primavera, ao ganhar uma etapa na Volta a Portugal do Futuro e ao sagrar-se campeão nacional de sub-23. É um ciclista explosivo e talhado para clássicas. Tem apenas 19 anos. Miquel Valls tem sido um dos ciclistas mais combativos da época. Começou o ano no Centro de Ciclismo de Loulé, onde esteve perto de ganhar a Clássica de Abertura e ainda ficou no 5º lugar da primeira etapa do GP Douro Internacional. O ciclista espanhol de 24 anos pode ser um dos ciclistas mais combativos da Volta.

André Ribeiro e Andrey André, brasileiro de 18 anos e o mais novo do pelotão (ganhou a camisola da montanha na Volta a Portugal de cadetes, em 2023), completam uma equipa, que segundo o próprio Diretor Desportivo, Manuel Correia chega sem grandes obrigações.

"Podemos esperar dar sempre o melhor, tudo o resto é uma incógnita. A equipa teve uma sangria muito grande e é muito jovem. A época até aqui tem superado as minhas expectativas", admite em declarações à Agência Lusa. "Quem tem ciclistas como o Francisco e o Luís, arrisca-se a estar na discussão de etapas. Mas sem muita expectativa. Este ano seremos, talvez, a equipa menos bem apetrechada para a Volta”.

O dirigente fala também sobre Noah Campos: "É a primeira Volta que vai fazer. Não se enquadra em nada nas características dele. É um corredor de clássicas, possante, que anda bem no contrarrelógio. A Volta é muito dura. (...) Será uma oportunidade para desfrutar, ver o que a Volta lhe pode dar".