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Uno-X Mobility gerou polémica no ciclismo norueguês ao aconselhar os seus ciclistas a não participarem no
Campeonato do Mundo no Ruanda, que se realizam em setembro. Com a maioria do plantel composto por atletas noruegueses, a decisão poderá ter impacto significativo no desempenho da seleção nacional. A orientação, inicialmente avançada pela TV 2, surge numa temporada de grande sucesso para a equipa, que soma já 18 vitórias em 2025, incluindo a 11ª etapa da
Volta a França conquistada por
Jonas Abrahamsen e um notável 6º lugar na geral de Tobias Halland Johannessen.
“Há muitos pontos a ganhar nos Campeonatos do Mundo se nos sairmos bem, mas é um percurso difícil, que exige treino em altitude, preparação e vacinas com antecedência, e há várias coisas que significam que temos de sacrificar muito. Não dissemos que os ciclistas não vão poder participar, mas que outras coisas podem ser mais importantes”, explicou o chefe de equipa,
Thor Hushovd, à TV 2.
“Podemos ajudar a orientar os atletas e dizer-lhes que preferimos que não participem nos Campeonatos do Mundo. Poder-se-ia perguntar que tipo de sinal envia o facto de dizermos não representar a Noruega, mas o calendário é tão longo e apertado que temos de ponderar as necessidades.”
Ainda assim, Hushovd sublinha que a política não é absoluta.
“Se houvesse atletas individuais, como Tobias Halland Johannessen, por exemplo, que tivessem manifestado um forte desejo de participar, poderíamos, naturalmente, ter em conta considerações individuais.”
O dirigente considera, no entanto, que o interesse interno é reduzido:
“Não falei com toda a gente pessoalmente, mas a minha impressão é que não foi manifestada muita vontade. As corridas de um dia no Canadá são importantes para nós, há muitos pontos para ganhar e adequam-se bem aos nossos trepadores. Não exigimos nada a ninguém, mas ao mesmo tempo estabelecemos alguns objetivos e orientações, e isso inclui as corridas no Canadá.”