Hindley fraturou uma vértebra e desfalca bloco de Roglic: "Não há como esconder: isto muda tudo"

Ciclismo
sexta-feira, 16 maio 2025 a 12:09
hindey
A Red Bull - BORA - hansgrohe atravessou um verdadeiro pesadelo competitivo esta quinta-feira. Além de ter perdido três ciclistas na Volta à Hungria devido a uma queda em massa, a equipa viu Jai Hindley abandonar a Volta a Itália 2025 após uma violenta queda durante a etapa para Nápoles. Mais tarde, o próprio australiano confirmou o diagnóstico: concussão e fratura de uma vértebra lombar. Um duro golpe para a formação alemã e, sobretudo, para Primoz Roglic, que perde o seu principal apoio para as jornadas decisivas em altitude.
“Não há como esconder: isto muda tudo”, admitiu Christian Pömer, diretor-geral da Red Bull - BORA - hansgrohe, ao Cyclingnews. “O Jai desempenhava um papel-chave na nossa estratégia. Agora, sem ele, temos de repensar algumas abordagens. Ainda assim, temos seis bons ciclistas para apoiar o Primoz, e o Daniel Martínez é um antigo pódio no Giro. Vamos avaliar etapa a etapa o que é possível fazer.”

Plano em mutação, olhos na geral

Com a UAE Team Emirates a manter o bloco intacto e com várias cartas fortes para jogar nas montanhas, a Red Bull vê-se agora forçada a ajustar o seu foco. “De forma geral, a abordagem mantém-se, mas talvez tenhamos de abdicar de disputar etapas para concentrar recursos apenas na classificação geral,” explicou Pömer.
A chegada ao topo em Tagliacozzo nesta sexta-feira marca o primeiro contacto real com a alta montanha nesta edição do Giro. Apesar disso, o diretor da equipa alemã não espera grandes diferenças. “É uma subida acessível. Os ganhos de tempo serão mínimos. O impacto da ausência do Jai será sentido mais tarde, especialmente a partir da etapa 15, quando os Alpes entrarem em cena.”

UAE pronta a endurecer

Com Ayuso, Yates, Del Toro e McNulty, a UAE pode assumir um controlo total da corrida se detetar fragilidades na equipa de Roglic. “Aí sim, vamos sentir realmente a falta do Jai. Nos Alpes, onde tudo se decide, a ausência dele pode ser crítica. Ainda por cima, esta não será a última queda da corrida, por isso temos de sobreviver e adaptar-nos dia após dia.”

Abandono inevitável

O abandono de Hindley era praticamente certo quando o ciclista australiano foi visto sentado à beira da estrada, visivelmente desorientado. “Ele conseguia comunicar, mas não era preciso ser médico para perceber que não havia hipótese de continuar”, afirmou Pömer. “Mais tarde, soubemos da fratura na zona lombar, o que só confirma que a decisão foi, sem dúvida, a mais acertada.”
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