Jacopo Guarnieri viveu a vitória de Bardet na Volta a França como um filme de terror: "Temos muito medo que eles abram a porta e sejam mortos, mas neste caso eles sobreviveram"

A Volta a França de 2024 tem sido uma das mais aguardadas desde há muito tempo. Se a primeira etapa servir de exemplo, essa antecipação foi muito justificada, uma vez que Romain Bardet e o seu colega de equipa Frank van den Broek aguentaram o pelotão no final emocionante da primeira etapa.

Um dos "meninos bonitos" do ciclismo francês moderno, Bardet nunca tinha conseguido vestir a camisola amarela. Na última Volta a França da sua carreira, o líder da Team DSM-Firmenich PostNL conseguiu finalmente um resultado que provocou um sorriso na maioria dos espetadores. "Era impossível não estar emocionalmente envolvido naquela prova, não era?", refletiu o ex-profissional que se tornou analista da ITV Sport, Peter Kennaugh, após a etapa.

"Que aula de tática da Team DSM-Firmenich PostNL," continua o antigo ciclista da Team Sky e da BORA - hansgrohe, ele próprio duas vezes participante na Volta a França e antigo camisola vermelha da Volta a Espanha. "Não só para colocar Van den Broek na fuga, mas depois, quando Bardet atacou, apanhou toda a gente desprevenida no pelotão."

"Homem do jogo, no entanto. Frank van den Broek. Quer dizer, Bardet deve-lhe obviamente a vitória, mas ter a condição física e a forma para fazer o que fez nos últimos 50 quilómetros, depois de ter estado na fuga durante todo o dia... É só outra coisa!" acrescenta Kennaugh.

O ciclista da Lotto Dstny, Jacopo Guarnieri, também fez parte do painel da ITV Sport e o italiano de 36 anos, que já correu seis vezes a Volta a França, fez uma comparação para dar ideia da emoção do final. "Quando se tem um tipo como Romain Bardet envolvido, é certo que é romântico", começa Guarnieri a sua análise. "Foi como num filme de terror, em que temos muito medo que eles abram a porta e sejam mortos, mas neste caso eles sobreviveram! Chegaram todos a casa em segurança".