Jasper Philipsen escapa por um triz a queda na 1ª etapa da Volta à Bélgica: "Podia ter sido muito pior"

Jasper Philipsen esteve a escassos centímetros de ver a sua preparação para a Volta a França comprometida logo na etapa inaugural da Volta à Bélgica. Num final caótico, o sprinter da Alpecin-Deceuninck evitou por muito pouco uma queda aparatosa, depois de bater na roda traseira de Jason Tesson durante o sprint. Uma ligeira oscilação quase o projetava para o chão, mas os reflexos e equilíbrio salvaram-no in extremis, num dos momentos mais dramáticos do dia.

Enquanto Tim Merlier arrancava uma vitória categórica, confirmando o seu estatuto de homem em forma a poucas semanas do Tour, os olhares rapidamente se voltaram para o susto de Philipsen. O belga reconheceu o erro de posicionamento, mas manteve a frieza: “Estávamos bem colocados, mas perdemos algumas posições na penúltima curva, e isso obrigou-me a arrancar de mais longe”, explicou ao Het Laatste Nieuws. “Gostaria de ter partido na roda do Tim (Merlier), mas alguém apareceu pelo meio e estragou os planos.”

Apesar do susto, Philipsen terminou a etapa sem consequências físicas. “Senti que tinha pernas para um bom resultado, mas avaliei mal a roda do Tesson e fiquei preso. Foi pena, mas o mais importante é que me mantive em pé. Podia ter sido muito pior. Agora foco-me já na etapa de quinta-feira.”

O episódio reforça a intensidade da luta que se antevê para os sprints do mês de julho. Merlier parece ter atingido um novo pico de velocidade e juntar-se-á no Tour a nomes como Philipsen, Biniam Girmay e Jonathan Milan, todos eles a apontar às etapas planas e à cobiçada Camisola Verde.

Philipsen sabe o que é vesti-la: fê-lo em 2023, após uma exibição quase irrepreensível. Mas em 2024 foi ultrapassado por um Girmay inspirado, numa das batalhas mais acesas dos últimos anos na classificação por pontos. Agora, o belga da Alpecin-Deceuninck está determinado em recuperar o trono.

A edição de 2025 da Volta a França arranca com uma tirada plana, oferecendo uma oportunidade rara para um sprinter vestir a primeira Camisola Amarela, algo que tem sido ausente nas últimas edições. É um objetivo assumido por muitos dos melhores velocistas, e para Philipsen, o sprint de risco na Bélgica serviu como lembrete da margem mínima entre a glória e a queda.