O Campeonato do Mundo de 2024 arranca este domingo, em Zurique, com as provas de contrarrelógio, em elites. Portugal será representado por João Almeida e Nelson Oliveira. O "Bota Lume" esteve no Mundial de contrarrelógio do ano passado, em Glasgow. Teve um resultado discreto, um 23º lugar, a 3 minutos e 7 segundos do vencedor Remco Evenepoel, numa distância de 47,8 km, uma das mais longas que o ciclista de 26 anos já enfrentou.
"Acho que este ano vai ser um bocadinho mais longo [serão 46,1 km]. Acho que vai ser um bom contrarrelógio, um contrarrelógio muito rápido, ali com umas subidas... com uma descida um bocado perigosa, para ser sincero. Mas acho que se adequa às nossas qualidades, portanto, é tudo uma questão de força nas pernas", explica Almeida em declarações à Federação Portuguesa de Ciclismo.
Para Almeida, é uma corrida especial, pois marca o regresso do ciclista da UAE Team Emirates à competição depois de ter abandonado a Volta a Espanha, para a qual partiu como favorito, devido a uma infeção por Covid-19 e entra nesta prova sem ambições: "Não levo nenhum resultado como objetivo pessoal, também é a primeira corrida pós-Vuelta, pós-Covid. Sei que estou numa forma boa e vou dar o meu melhor".
O ciclista português aponta ainda defeitos ao percurso do contrarrelógio, mas admite que a irregularidade do percurso pode favorecer os portugueses. "Acho que nos favorece a parte das subidas, assim como as descidas. Acho que também somos bons descedores. Há sempre o fator perigo naquela última descida. Há zonas um bocado cegas, com falta de visibilidade, muitos ressaltos na estrada, o que num contrarrelógio não se adequa nada. Mas pronto, é igual para todos e acho que tem tudo para correr bem no final do dia".