Johan Bruyneel vê "graves problemas" no planeamento da Visma para a Volta a França: "Não sou adepto desta abordagem"

A tentativa da Team Visma | Lease a Bike de recuperar a Maillot Jaune na Volta a França de 2025 é uma das histórias mais interessantes a seguir nesta época. Como é que Jonas Vingegaard e companhia vão conseguir baterr Tadej Pogacar este verão? Alguns dos planos da Visma já estão a suscitar dúvidas na opinião de Johan Bruyneel.

Entre o muito que se tem falado, o antigo diretor desportivo deu a sua opinião no podcast The Move, está a contratação de Simon Yates e os planos que a Visma tem para ele em 2025. O britânico, antigo vencedor da Volta a Espanha, vai liderar a equipa Visma na Volta a Itália, antes de vestir a pele de super domestique para Jonas Vingegaard na Volta a França.

"Não sou adepto desta abordagem - apostar tudo no Giro e, de repente, tornar-se o último homem para o Vingegaard na Volta a França", comenta Bruyneel. "A Visma não deve apostar tudo na Volta a França, embora eu também ache que é a única forma de vencer o Tadej Pogacar. É preciso ter a certeza de que se está a fazer a escolha da melhor equipa e dar tudo por tudo. Mas isso faz com que seja arriscado mandar o Simon Yates primeiro para o Giro".

Bruyneel também tem dúvidas quanto à escolha de outra das novas contratações da Visma, Victor Campenaerts: "Tenho sérios problemas com esta decisão. O Dylan van Baarle é alguém em quem se pode confiar. Tem a força, a experiência e sacrifica-se sempre pela equipa. Vi-o fazer coisas incríveis no Tour que Jonas Vingegaard ganhou e pensei: 'Uau'", diz Bruyneel. "Também o podemos utilizar nas etapas planas. Aparentemente ele foi substituído pelo Victor Campenaerts. Não acho que Campenaerts esteja ao nível de Van Baarle como ciclista. Ele é bom, não me interpretem mal, mas não se aproxima do nível de Van Baarle."

No entanto há que ter em conta que, como ainda falta cerca de meio ano para a Volta a França de 2025, o facto de algo estar já pré definido não significa que não se possam fazer alterações antes da corrida. "Um ou dois dos ciclistas anunciados agora, não vão chegar à Volta a França. Vão estar lesionados ou doentes e a equipa vai ter de chamar substitutos que já tinha excluído para o Tour. É claro que o Van Baarle estará pronto, mas na minha equipa, ele estaria entre os escolhidos desde o início. Não o podemos deixar de fora".