Jonas Vingegaard está a apertar o cerco a Tadej Pogacar na Volta a França: "O nosso plano era pressionar a Emirates"

Ciclismo
segunda-feira, 14 julho 2025 a 17:41
TadejPogacar_JonasVingegaard
A etapa 10 da Volta a França 2025 marcou uma mudança de tom por parte da Team Visma | Lease a Bike, que passou da contenção tática à ofensiva declarada sobre Tadej Pogacar. Ao longo da última subida, a formação neerlandesa apertou o cerco e atacou com insistência, testando a resistência do esloveno e isolando-o do apoio dos seus companheiros da UAE Team Emirates. No final, Jonas Vingegaard cruzou a meta lado a lado com Pogacar, mas saiu visivelmente satisfeito com o trabalho desenvolvido.
“Estávamos a atacar para tentar exercer alguma pressão”, explicou Vingegaard à ITV Sport, revelando que os ataques não foram apenas simbólicos, mas parte de um plano bem definido. “E, claro, se ele ficasse de amarelo, então sim, teria de fazer a cerimónia do pódio todos os dias. Acho que isso obviamente consome alguma energia, mas não pensamos nisso. Estávamos apenas a seguir o nosso próprio plano, que era pressionar a Emirates hoje.”
A ofensiva foi conduzida sobretudo por Sepp Kuss e Matteo Jorgenson, que impuseram um ritmo agressivo nos momentos decisivos da jornada, com o objetivo de desgastar Pogacar e explorar possíveis fraquezas. Embora o Camisola Amarela tenha resistido aos ataques e terminado no mesmo grupo que Vingegaard, a intenção da Visma ficou clara: a equipa pretende ser protagonista e não apenas reativa.
“Foi um dia muito difícil, todo o dia foi de altos e baixos, super exigente”, afirmou o dinamarquês. “Mas sim, estou muito contente com o que aconteceu hoje. O Simon Yates ganhou e também me senti bem das pernas.”
Vingegaard, que ainda está atrás na classificação geral, mostra-se confiante na evolução da sua forma ao longo da prova. “Claro que ainda estou atrás, tenho de ganhar tempo a certa altura. Mas, até agora, nesta Volta a França, tenho conseguido acompanhar todos os seus ataques, coisa que não consegui fazer no Dauphiné. Isso mostra que agora estou num nível melhor.”
Além do desempenho pessoal, o bicampeão da Volta a França destacou a importância do triunfo de Simon Yates como um momento moralizador para toda a estrutura. Em declarações à TV2, deixou elogios ao companheiro de equipa: “É absolutamente brilhante. Estou muito, muito feliz pelo Simon e pela equipa. É sempre fantástico quando um colega de equipa vence, também retira um pouco de pressão da equipa. Por isso, sim, foi um dia muito bom para nós.”
No balanço antes do dia de descanso, a Visma sai reforçada: com uma vitória de etapa, uma exibição tática robusta e o seu líder a demonstrar sinais de crescimento físico. A ameaça a Pogacar está viva e a equipa mostra-se disposta a jogar todas as suas cartas para conquistar novamente Paris.
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