Embora durante muito tempo tenha parecido improvável,
Jonas Vingegaard vai estar presente no início da
Volta a França de 2024, em Florença. No entanto, estar presente e ser competitivo são duas coisas muito diferentes e resta saber se o dinamarquês pode ou não competir pelo hat-trick na corrida francesa.
"Ele está bem e muito motivado", disse o treinador da Team Visma | Lease a Bike, Mathieu Heijboer, sobre o estado atual de Vingegaard, em conversa com a
Cycling Weekly, após o anúncio da confirmação do alinhamento da equipa na Volta a França. "Com certeza, pensamos que ele será competitivo. Mas ainda há demasiadas inseguranças [sobre a forma] para dizer que ele está pronto para ganhar."
Na terça-feira de manhã, as esperanças de Vingegaard e da equipa Visma foram afectadas pelo facto de o campeão da Volta a Espanha e super domestique de longa data de Vingegaard, Sepp Kuss, ter sido excluído da Volta a França devido à covid-19. No entanto o maior teste, ou mesmo medo, para Vingegaard nas próximas semanas poderá ser o contrarrelógio individual, como explica Heijboer.
"Com as grandes lesões que teve, não tem podido treinar muito nessa bicicleta especifica", admite Heijboer de forma aberta. Um grande golpe tendo em conta o domínio que Vingegaard demonstrou na disciplina na Volta a França de 2023, quase garantindo a Maillot Jaune com um dos melhores contrarrelógios feitos por ele até à data, na 16ª etapa. "Por isso, não estaremos totalmente preparados. Fizemos o que podíamos, mas de certeza que não foi o ideal."
Vingegaard também não é o único candidato com a sua preparação afectada. Tanto Primoz Roglic como Remco Evenepoel também foram apanhados no mesmo acidente no País Basco e embora
Tadej Pogacar tenha conseguido dominar a Volta a Itália como quis, nenhum homem desde Marco Pantani, em 1998, conseguiu vencer uma Camisola Rosa, tendo sido bem sucedido na conquista da Camisola Amarela em França. Talvez seja um dos motivos pelo qual não se deva excluir para já Jonas Vingegaard na defesa do seu titulo.