Jonas Vingegaard e a
Team Visma | Lease a Bike entraram com um plano bem definido para a etapa rainha da
Volta a França 2025, mas, como se tem verificado ao longo da prova, a presença de um adversário tão forte como Tadej Pogacar revelou-se decisivo. No Col de la Loze, Vingegaard teve de se contentar com mais uma perda de tempo face ao seu rival, não conseguindo cumprir a estratégia traçada, apesar do esforço da equipa.
“Hoje foi um dia brutal, 5 horas em cima do selim. Não sei se alguma vez tinha feito uma etapa tão difícil no Tour. Já o tinha dito antes da etapa, mas sim, esta foi uma etapa brutal”, comentou Vingegaard após a corrida. A Visma colocou Matteo Jorgenson na fuga, mas a equipa dos Emirados não conseguiu evitar a superioridade numérica da formação holandesa na frente da corrida.
Era claro que Vingegaard tentaria atacar de longe, mais concretamente no Col de Madeleine, uma vez que a diferença de 4:15 minutos para o líder era demasiado grande para ser recuperada numa única subida. A aproximação à subida foi realizada pelos colegas de equipa de Vingegaard - Wout van Aert, Tiesj Benoot, Victor Campenaerts, Simon Yates e Sepp Kuss - que trabalharam na subida de 19 quilómetros, para o dinamarquês atacar a 71 quilómetros do final da etapa.
"Eu sentia-me bem, a equipa sentia-se bem. Tínhamos um plano para ganhar. Conseguimos cumprir com o planeado, mas infelizmente não consegui ganhar tempo ao Tadej", lamentou o ciclista dinamarquês. No final, Vingegaard acabou por perder mais 11 segundos para Pogacar na classificação geral.
“Hoje a equipa esteve fantástica. Quero agradecer novamente aos meus colegas, todos cumpriram o plano a 100%. Fico muito motivado quando tenho uma equipa a trabalhar para mim desta forma”, afirmou o bicampeão do Tour, sublinhando a importância do trabalho coletivo.
Vingegaard foi questionado sobre uma paragem estratégica após o Col de Madeleine, o que acabou por permitir a vitória de Ben O'Connor na etapa. A explicação do dinamarquês foi simples: “Não quiseram trabalhar em conjunto e depois o Lipowitz atacou. Esperámos pelos nossos colegas de equipa e começámos a trabalhar no Col de la Loze."
Apesar de mais uma derrota no confronto directo com Pogacar, Vingegaard mantém a confiança e recusa-se a desistir. “Penso que hoje estivemos muito iguais, ele ganhou alguns segundos no final. Mas o Tour ainda não acabou”, concluiu o ciclista dinamarquês, preparando-se para enfrentar Pogacar na difícil 19ª etapa, que inclui uma chegada ao topo em La Plagne.