O ciclista dinamarquês
Jonas Vingegaard, depois de festejar mais um sucesso no Gran Camiño, concedeu uma entrevista à Marca na qual reflete sobre o seu futuro profissional e fala, entre outras coisas, do seu antigo colega de equipa
Primoz Roglic. Aos 27 anos, o ciclista da Team Visma - Lease Bike está no auge da sua carreira, mas considera que já atingiu o seu auge ou pensa que ainda pode melhorar?
"Não me parece. Quer dizer, acho que estou a ir muito bem neste momento e estou muito contente com a forma em que me encontro", partilha Vingegaard. "Sinto que ainda não atingi o meu teto. Mas acredito sinceramente que ainda posso melhorar um pouco para os próximos desafios, para a Volta a França, por exemplo. No verão, penso que vou estar melhor, de certeza. É algo de que estou convencido".
Questionado sobre o seu desempenho notável na Galiza e se planeia regressar no próximo ano, Vingegaard responde com otimismo: "Sim, tenho-me saído bem ultimamente. Esta é uma corrida muito boa. Não sei porque é que gosto dela, mas encontrei uma boa forma aqui e estou contente com o meu desempenho. Estou contente e ansioso pelas próximas corridas, mas também gostei muito do que fiz até agora. Começar por ganhar aqui dá-me confiança e moral".
A mudança na Team Visma-Lease a Bike, com a saída de estrelas como Roglic, é outro tema em destaque. "É uma grande perda. É algo que tenho comentado nos últimos dias", admite Vingegaard. "Teria sido melhor se ele tivesse ficado na equipa, claro, mas decidiu sair. Vamos ter de dar o nosso melhor nas corridas para ver se ainda conseguimos ganhar. Houve várias saídas e outras chegadas, mas estou convencido que vamos ter uma boa equipa e que vamos atingir objetivos importantes."
Sobre a próxima edição da Volta a França, Vingegaard revela o seu entusiasmo: "Sim, já vi um pouco o percurso e acho que é um ótimo percurso. Gosto dele. Parece muito duro. Estou contente com a forma como está desenhado. Na verdade, estou a olhar bastante para o percurso e estou ansioso por poder lá estar."
A ausência de estrelas como Wout Van Aert e o desafio colocado por Tadej Pogacar na dupla Giro-Tour são também pontos de discussão. "Vai ser difícil no Tour sem Van Aert e com Roglic como rival", admite Vingegaard. "Não estou realmente concentrado num rival em particular. Há vários. Estou a falar a sério, não tenho tido pesadelos com ninguém em particular", acrescenta com uma risada.
Quanto aos seus desafios futuros, Vingegaard deixa clara a sua ambição: "Em princípio, penso que quero ir à Volta a Espanha. Gostaria de ganhar esta corrida. A ideia é ir este ano, mas muita coisa pode acontecer até lá. Vamos decidir em conjunto com os directores nos próximos meses".