Tadej Pogacar tem sido rei na
Volta a Itália 2024. Apesar de ser um destaque esperado nas subidas e no contrarrelógio, o líder da
UAE Team Emirates tem sido uma parte fundamental do drama nas etapas ao sprint.
Depois de ter atacado no final da etapa 3 ao lado de Geraint Thomas, Pogacar anulou o ataque de Jhonatan Narváez praticamente sozinho, permitindo que os sprinters lutassem pela vitória na etapa 9. "Ele ia ficar longe se não fosse o Pogacar. É tão simples como isso. O Pogacar foi definitivamente o prego no caixão", refletiu o Diretor da
EF Education-EasyPost,
Jonathan Vaughters, após a etapa 9, em conversa com o Eurosport.
"É isto que torna Pogacar tão especial. Ele é um ciclista versátil. Consegue sprintar, é um grande condutor de bicicleta, é um grande contrarrelogista..", continua o americano, admirado com o talento do fenómeno esloveno. "Ele é o
Eddy Merckx moderno. Muitos dos outros ciclistas da geral, mesmo que quisessem dar ao seu sprinter um lançamento não têm essa capacidade. Mas o Pogacar não tem qualquer problema".
No primeiro dia de descanso, Pogacar lidera a classificação geral com 2 minutos e 40 segundos de vantagem sobre Daniel Martinez, da BORA - hansgrohe, com a camisola rosa já aparentemente garantida, salvo lesão ou incidente. "A liderar a corrida no nono dia e está a fazer o lançamento, metendo-se no meio de um sprint super perigoso. A última vez que me lembro de alguém com a camisola de líder fazer isso foi Bradley Wiggins [na Volta a França de 2012]. Isso foi nos Campos Elísios [última etapa] e não no nono dia em Nápoles", acrescenta
Adam Blythe no Eurosport, incrédulo. "Se não fosse Pogacar, o Narváez não teria sido apanhado. Eles [os sprinters] precisavam de alguém como o Pog para conseguir fazer aquela curva".