Na sua estreia na
Volta a Itália e na sua primeira Grande Volta desde que se mudou para a
Movistar Team da Burgos - BH, Pelayo Sanchez foi uma estrela, vencendo uma etapa na semana de abertura e ficando perto de um segundo lugar com mais impressionantes etapas em fuga.
Em conversa com p AS, o diretor desportivo da Movistar Team e ex-participante em 22 Grandes Voltas, Jose Joaquin Rojas admitiu que o desempenho de Sanchez surpreendeu até a equipa. "Em parte, ninguém esperava este nível, é verdade, mas sabíamos que Pelayo tinha algo, porque vendo os números que ele movia nas concentrações e quando o contratámos já sabíamos do que ele era capaz", explica o espanhol. "Pelayo está a crescer e não sabemos onde está no topo. Esperamos que ainda não o tenha encontrado e que ainda tenha muito para alcançar."
"A virtude que Pelayo tem é que, se o deixarem livre, ele é capaz de tudo. Penso que ele é um caçador de etapas, porque quando tem um pouco mais de pressão pode não gostar tanto, mas pode ser como um Bettini, que quando chegou à Volta a Itália marcou quatro ou cinco etapas e onde pôs o olho e pôs a bala. Não sei, algo do género, mas as comparações são odiosas", continua Rojas, claramente impressionado com o que viu até agora no jovem de 24 anos. "É um tipo que vai deixar uma grande marca no ciclismo espanhol, no ciclismo mundial, e esperamos que esteja sempre connosco."
De maneira geral, a Movistar Team teve uma Volta a Itália positiva. Sanchez venceu uma etapa, Einer Rubio garantiu um top-10 e Nairo Quintana foi brilhante e ofensivo na terceira semana, com apenas Tadej Pogacar a negar-lhe a vitória na etapa 15. "Viemos com expetativas de ganhar uma etapa e conseguimos com o Pelayo. Estivemos muito perto com o Nairo, novamente com o Pelayo e depois tivemos um Einer super forte nas montanhas, que talvez tenha sido muito prejudicado pela desvantagem do contrarrelógio", reflete Rojas. "Apesar disso, vimos um grande Einer que, se melhorar o seu contrarrelógio, poderá competir numa Grande Volta."