José De Cauwer: "Cada vez mais ciclistas saltam a Volta à França ou abordam a Volta à França de uma forma diferente. Penso que é uma coisa boa para o ciclismo"

Com muitos ciclistas a revelarem já os seus calendários para a época de 2024, muito se tem falado dos planos de Tadej Pogacar para a Volta à França e da ausência de Wout van Aert.

"Cada vez mais ciclistas - e especialmente ciclistas de topo - saltam a Volta à França ou a abordar o Tour de France de uma forma diferente. Isso é notório e penso que é uma coisa boa para o ciclismo", diz o analista belga do Sporza, Jose De Cauwer."A ASO não pode ignorar este sinal. Têm de deixar de fingir que as outras corridas são uma questão secundária".

Embora Tadej Pogacar esteja a fazer uma dobradinha Giro d'Italia/Tour de France, De Cauwer acredita que ganhar a Volta à Itália se tornou a principal prioridade do esloveno em 2024. "Quando Pogacar disse que ia correr o Giro, eu já pensei 'ufa', mesmo antes de sabermos se ele também iria para o Tour", diz ele. "Há muito mais do que a Volta à França numa época e ele próprio o disse."

Wout van Aert vai deixar de participar na Volta à França em 2024. "Ele faz as coisas de forma diferente e tem razão. É uma boa mudança", diz De Cauwer. "Há muito mais do que a Volta à França, mas também há muito mais do que a Volta à Flandres, também para Van Aert. Apesar de toda a história da Visma-Lease a Bike ter sido colocada em cima dele e desses dois monumentos, ontem... Li que ele está descontraído, mas que coloca tudo no Tour e em Roubaix. Portanto, nada mudou nesse domínio. E isso é lógico".