Cian Uijtdebroeks era um dos maiores projetos de voltista no pelotão e, no final da temporada de 2023, esteve no centro das atenções de uma transferência polémica entre a BORA e a
Team Visma | Lease a Bike, com uma quebra de contrato envolvida. No entanto, a sua primeira época foi amaldiçoada por uma lesão e, em 2025, o belga procura regressar ao seu nível e ganhar confiança através de vitórias.
Foi um ano em que não esteve nem perto da consistência que tinha mostrado no passado e teve dificuldades em muitas corridas. "Piorou cada vez mais, ao ponto de já não sentir nada nas pernas. A primeira coisa que se começa a pensar é: não há fluxo sanguíneo, por isso talvez haja algo de errado com a artéria femoral. Mas, no final, fizemos exames depois da Volta a Espanha e vimos nos exames de ressonância magnética que havia um nervo comprimido", partilhou Uijtdebroeks com o
Wielerflits no lançamento da
Volta ao OmãO ano inteiro foi praticamente um fracasso em termos de resultados, o que prejudicou a sua carreira. Mas agora, plenamente consciente e a trabalhar há alguns meses para resolver o problema de saúde, o jovem de 21 anos quer mostrar o que é capaz de fazer.
"Queria dar um passo em frente em relação ao meu desempenho na BORA-hansgrohe em 2023. No ano passado, notámos nos treinos que o nível estava definitivamente lá. Além disso, até conseguimos melhorar o meu VO2 Max", admite. "Vimos sinais positivos, mas nas competições correu mal. Estava sempre a cair de alguma forma, sem que eu conseguisse fazer nada. Tinha sempre um colapso, sem que o meu ritmo cardíaco estivesse muito elevado. Nessa altura, não era fácil mentalmente. Depois disso, precisei de algum tempo para me recompor mentalmente".
Com a Visma a ter líderes a torto e a direito, Uijtdebroeks vai seguir um calendário mais secundário, onde espera conseguir a sua primeira vitória profissional, mas também estar na luta pelas vitórias e aumentar a sua confiança. Começa a época como líder na Volta ao Omã, onde será um dos candidatos à vitória na geral contra nomes como Adam Yates e David Gaudu.
"É verdade. Se formos correr sempre contra o Pogacar, não vai resultar, certo. É por isso que também vou fazer algumas corridas mais pequenas. Como algumas corridas de um dia em França que têm um final em subida. São corridas em que tenho 'carta branca' e posso experimentar", explica. "Tenho de aprender a ganhar e mostrar mais coragem nas corridas".