Joxean Matxín renovou o seu contrato com a
UAE Team Emirates por mais quatro épocas. O seu contrato com a equipa liderada na estrada por
Tadej Pogacar terminou no final da presente época e prolongar-se-á pelo menos até 2029.
"Assumi o cargo de Team Manager e de responsável pelos diretores. Na verdade, o meu trabalho é mais como gestor, porque já não me ocupo dos carros, das roupas.... No passado, era eu que fazia o acordo com as marcas. Continuo a fazer os campos, as datas, o calendário, os ciclistas que são contratados, tal como na Gen Z (equipa de desenvolvimento da Emirates, e.d.)", comentou sobre a sua posição na equipa em entrevista ao
diario AS em que fala também do calendário da Pogacar e da possível dobradinha Tour - Vuelta.
Especifica o seu papel na estrutura da Emirates: "Quero que o coletivo prevaleça sobre o individual, apesar de termos individualidades indiscutíveis como o Tadej. Falo muitas vezes de forma clara e dura com os ciclista. Tenho de unificar os critérios com todos os diretores e fazer com que corramos de uma forma, à maneira da Emirates. Já não corremos como antigamente. Não temos um padrão a seguir, mas somos uma equipa combativa. E também gostar dos ciclistas como pessoas, não como ciclistas".
Sobre a possível margem de progressão de Tadej Pogacar, apesar do seu extraordinário 2024, em que venceu, entre muitas outras coisas, o Campeonato do Mundo, a Volta a Itália e a Volta à França, parece não ter dúvidas: "Não é que eu acredite, é que estou convencido. Não tenho dúvidas que vai evoluir. Obviamente, não será uma margem de 30%, mas não sei se poderá ser de 5%, 2%, 1%. Ele sabe como é que tem de ser feito e como é que tem de ser executado".
Diz que vai tentar continuar a ganhar as corridas que ainda não ganhou e, obviamente, não esconde que a Vuelta será o seu objetivo a qualquer momento. Não está fora de questão que ele tente a dobradinha Tour-Vuelta em 2025:
"Gostaríamos de o fazer e, obviamente, iremos fazê-lo a certa altura. Por vezes, é um problema de calendário. Por exemplo, quando se quer fazer a Volta à Flandres, não se pode fazer a Volta ao País Basco, porque é no dia seguinte. O mesmo acontece com a Strade Bianche e o Paris-Nice. A Volta à Itália é uma ideia possível para 2025, uma ideia em aberto, mas ainda estamos a avaliar diferentes opções, não há nenhuma conclusão ou decisão", concluiu.