Julian Alaphilippe vence após um ataque a 125 quilómetros da meta: "Até ao último quilómetro tinha de continuar a carregar a todo o gás porque ouvi que o Narváez estava perto"

Julian Alaphilippe teve épocas muito difíceis desde 2022 e lutou para conseguir grandes vitórias. O seu estilo agressivo de corrida recompensou-o com uma vitória na Volta a Itália, completando o triplo nas vitórias em Grandes Voltas.

"Não o planeei. Estava à espera que um grande grupo viesse para a fuga", disse Alaphilippe numa entrevista após a corrida. "Penso que em primeiro lugar tenho de agradecer aos meus colegas de equipa que controlaram perfeitamente os primeiros 60 km. Depois, estava muito concentrado para estar lá na frente." Assim que a corrida entrou na secção montanhosa, o francês atacou e formou-se um pequeno grupo na frente. Quase três dúzias de ciclistas fugiram ao pelotão, mas Alaphilippe não quis fazer parte desse grupo e fez um ataque a 125 quilómetros do fim, sendo apenas seguido por Mirco Maestri.

"Fomos os primeiros a atacar no grupo de fugitivos e depois eu disse 'Mirco, vamos, vamos' e fomos em frente. Ele mereceria mesmo ganhar hoje, foi fantástico. Fizemos um excelente trabalho". A dupla beneficiou da permanente falta de colaboração em todos os grandes grupos de perseguição que se formaram e os perseguiam. A vantagem foi superior a um minuto durante a maior parte da etapa e a vitória estava garantida no grupo da frente na entrada para a subida final. Alaphilippe, que esperava por Maestri nas subidas anteriores, atacou o seu companheiro e aguentou Jhonatan Narváez e Quinten Hermans que vinham a cerca de 40 segundos, para conquistar a sua primeira vitória no Giro.

"Acreditei, mas até ao último quilómetro tinha de continuar a carregar a todo o gás porque ouvi que o Narváez estava perto de mim", continuou. Esta é uma vitória que completa a sua tripla vitória nos Grand Tours, um grande feito na sua carreira. "Era o meu sonho ganhar uma etapa no Giro e consegui-o. Estou muito feliz".