Depois de uma primavera dominada por Mathieu van der Poel, a
Alpecin-Deceuninck vira atenções para as Grandes Voltas, onde
Kaden Groves assume a liderança da equipa na Volta à Itália 2025. O sprinter australiano chega à Corsa Rosa com ambições renovadas, mas também com dúvidas naturais, após ter estado afastado das competições devido a uma lesão no joelho. “Está a correr bem. Consegui preparar-me bastante bem para a altitude, mas já não corro há algum tempo. Tive de faltar às clássicas devido a uma lesão. Estou a começar com algumas dúvidas sobre este Giro, mas estou feliz por estar aqui”, afirmou Groves à
CyclingProNet.
Com Van der Poel e Jasper Philipsen ausentes da corrida, a responsabilidade recai sobre Groves, que não compete desde a Volta à Catalunha, em março. Apesar da paragem, o australiano conta com um historial respeitável nas Grandes Voltas: venceu uma etapa no Giro de 2023 e foi vencedor da classificação por pontos na Volta a Espanha nos dois últimos anos. “No ciclismo moderno, todos os ciclistas fazem um campo de treino em altitude. É o que é. O passado demonstrou que funciona para mim. Acreditamos nesta abordagem.”
A preparação focada na altitude tem sido uma constante na estratégia da Alpecin-Deceuninck, e Groves mostra-se confiante de que essa base pode compensar a falta de ritmo competitivo. Com várias etapas imprevisíveis e um traçado que oferece oportunidades tanto para os sprinters como para os fugitivos, Groves vê espaço para voltar a vencer. “O Giro é sempre uma das maiores corridas desta época. Já lá ganhei uma etapa e consegui vários lugares no pódio. As etapas do Giro são muitas vezes bastante imprevisíveis. Vários ciclistas podem ganhar aqui e há oportunidades para os fugitivos. Espero que seja uma grande corrida.”
Aos 26 anos, Groves procura consolidar-se como referência do sprint nas Grandes Voltas, e a camisola ciclamino pode muito bem estar entre os seus objetivos. A Alpecin-Deceuninck, mesmo sem as suas maiores estrelas, aposta forte na capacidade de finalização do australiano.