Lance Armstrong está de volta com o seu podcast The Move para analisar a primeira semana da
Volta a Espanha. Juntamente com os seus colaboradores habituais, George Hincapie e Johan Bruyneel, avaliaram o que aconteceu nos primeiros dias de competição na ultima Grande Volta do ano, destacando a vitória brutal do americano Brandon McNulty no contrarrelógio de abertura a um ritmo de 57 km/h.
Dos primeiros dias da Vuelta, o calor foi notório e Armstrong salientou que o líder da corrida,
Ben O'Connor, cresceu numa zona árida da sua Austrália natal e que isso pode ajudá-lo a pedalar mais confortavelmente no resto da Vuelta: "Ele é a história desta Volta a Espanha, tendo em conta que vai deixar a equipa no final da época", começa Armstorng. "O Ben O'Connor é de Perth, na Austrália. Eu nunca lá estive, mas aquilo é quente. Falámos sobre o calor e se ele o consegue aguentar. Se consegue aguentar o calor? Ele cresceu numa zona muito quente. Isso não garante que alguém consiga aguentar tanto calor, mas ele creceu exposto a ele".
O'Connor tem uma vantagem significativa na classificação geral após 10 etapas
Johan Bruyneel falou do calor da Volta a Espanha e das soluções possíveis para evitar que isso aconteça no futuro, como a realização da Vuelta inteiramente em setembro e não a começar em meados de agosto, como tem acontecido nos últimos anos.
"O calor tem sido incrível, começaram em Portugal e depois houve 5 etapas no sul de Espanha, tudo isto combinado com o facto de estarmos no final de agosto faz com que as temperaturas variem entre os 37 e os 40 graus", afirma Bruyneel. "Se combinarmos o final de agosto com cidades como Sevilha, Córdoba ou Granada é algo que não é bom para ninguém".
Se Ben O'Connor tem ou não vantagens, não se saberá. O que é certo é que a caravana dirigiu-se para o norte de Espanha e as temperaturas estão mais amenas, pelo que o calor dará algum descanso aos bravos do pelotão durante alguns dias.