Com a
Paris-Roubaix Feminina no sábado e a prova masculina no domingo, a conversa pré-corrida tem sido dominada pela introdução de uma chicane antes da secção de paralelepípedos da floresta de Arenberg, que os organizadores da corrida acreditam que irá diminuir o número de quedas.
Lars Boom participou em nove edições da Paris-Roubaix, foi 4º classificado em 2015, questionou se a chicane ou qualquer medida para abrandar os ciclistas antes dessa secção específica é realmente necessária: "Para mim, isso tira um pouco o encanto da floresta. De facto, estamarão a andar rápido e o posicionamento será muito importante. Mas será que todos os anos há grandes quedas quando essa faixa é aberta? Normalmente, isso só costuma acontecer mais tarde", diz Boom ao Wielerflits;
"Além disso, a tecnologia não pára. Os ciclistas andam com pneus cada vez mais largos, muitos irão com 32 milímetros. O pelotão está todo a usar travões de disco hoje em dia, só para terem ideia do impacto e da dimensão do implemento da segurança", continua o holandês, que agora trabalha para a Team SD Worx - Protime. "Penso que é uma mudança enorme para esta corrida especificamente".
Na verdade, Boom acredita que a chicane pode causar mais quedas do que as que evitará. "Se as coisas correrem um bocadinho mal, vamos ter problemas naquela chicane antes da curva para a direita. Depois, a estrada vai ficar com os ciclistas em aceleração e temos de esperar para ver o que acontece", explica. "Normalmente entramos diretamente para a floresta. Tenho de dizer que ao fazerem isto é uma pena, porque eu nunca tive assim tanto medo de entrar de gás no Arenberg. Por outro lado, também compreendo um bocado as preocupações da Organização...."