Lennert van Eetvelt enfrenta a Liège-Bastogne-Liège com o pé partido e ambições limitadas

Lennert van Eetvelt é um dos grandes talentos emergentes do ciclismo belga e, juntamente com Arnaud De Lie, lidera as ambições da Lotto Dstny para os próximos anos. No entanto, a sua primavera de 2025 voltou a ser fortemente condicionada por uma lesão, pela segunda época consecutiva, e o jovem de 23 anos vai alinhar na Liège-Bastogne-Liège com um pé fraturado.

“A Volta à Catalunha foi a minha primeira corrida em que estive realmente em boa forma”, contou van Eetvelt ao Wielerflits. “Fiquei satisfeito com a corrida, embora o resultado não tenha sido o que poderia ter sido. Mas depois parti o pé dois dias antes da Volta à Flandres, o que também não ajudou.” Na Flandres não terminou e, desde então, continua a competir com a fratura — incluindo na Flèche Wallonne — e não pensa parar.

Van Eetvelt recebeu luz verde dos médicos para continuar a treinar e a competir, mas a lesão afeta inevitavelmente a sua condição. Fora da bicicleta, ainda precisa de usar uma bota ortopédica de apoio. E mesmo nos treinos, o cenário é de incerteza.

“Sinto-me bem nos treinos, mas se quase não competimos, não podemos dizer muito sobre o nosso verdadeiro nível. O meu pé continua partido. Não se pode simplesmente resolver esse problema.”

A Liège-Bastogne-Liège era um dos grandes objetivos do ano para van Eetvelt, e mesmo em condições longe do ideal, o belga mantém-se motivado para tentar dar nas vistas.

“Honestamente? Já estou contente por poder alinhar à partida. No papel, esta corrida adapta-se-me muito bem. Gostava de estar na frente, e em condições normais o top-10 deveria ser sempre possível. Mas, com o que estou a passar agora, não posso contar com isso.”

Logo a seguir a Liège, o calendário de van Eetvelt prossegue na Volta à Romandia, onde pretende lutar pela classificação geral — apesar dos contratempos.

“No que diz respeito a Romandie, a geral é um objetivo. Vai haver uma etapa difícil em que temos de subir a sério, mas as principais diferenças serão feitas no prólogo e no contrarrelógio. Isso é um problema, porque aí vou perder algum tempo. Trabalhei no meu contrarrelógio, mas com esta limitação atual não é fácil. Isso não me dá muita moral.”