A Team Visma | Lease a Bike chega à Liège-Bastogne-Liège sem algumas das suas principais referências, como Wout van Aert, Jonas Vingegaard ou Matteo Jorgenson, o que transforma a equipa holandesa num conjunto de outsiders num pelotão recheado de candidatos. Sem uma estrela indiscutível, o foco recai sobre
Tiesj Benoot, que liderará um alinhamento misto entre juventude e experiência.
“No domingo, vamos alinhar com uma mistura de jovens talentos e ciclistas experientes. É ótimo para os mais novos poderem competir num Monumento como a Liège-Bastogne-Liège. Além disso, queremos obter o melhor resultado possível com Benoot, Tulett e Valter”, explicou o diretor-desportivo Frans Maassen em antevisão à corrida.
Benoot lidera uma aposta discreta mas ambiciosa
Na Flèche Wallonne, Benoot foi o melhor classificado da equipa, cruzando o topo do Mur de Huy no 12.º lugar. “Foi uma corrida extremamente dura, com chuva e frio. Mas fico com um bom sentimento do que fizemos e parece-me que os nossos ciclistas recuperaram bem”, afirmou Maassen.
Para o belga, o objetivo em Liège é simples: terminar a primavera com um resultado sólido. Benoot sofreu uma queda na Flèche, mas minimizou os efeitos e mantém o otimismo. “Na quarta-feira estive envolvido num acidente. Felizmente, consegui chegar à frente na parte final. Espero que isso não tenha impacto no domingo.”
A forma recente reforça essa esperança: “Tenho-me sentido muito melhor nas últimas corridas. Tem havido claramente uma tendência ascendente e espero continuar nesse caminho até Liège.”
Uma equipa com olhos no futuro e ambição no presente
A formação da Visma apresenta ainda Ben Tulett e Attila Valter, ambos em busca de afirmação nesta primavera. Os dois jovens terão liberdade para procurar o seu próprio resultado, sobretudo se a corrida se endurecer desde cedo.
Benoot, que já foi três vezes top-10 em Liège, sabe bem o que o espera: “A abordagem ao final tornou-se ainda mais difícil. Olhando para a Amstel e para a Flèche, espero uma verdadeira batalha de desgaste.”
Atacar antes do Pogacar?
Com Pogacar e Evenepoel como os nomes mais temidos do pelotão, a Visma sabe que terá de ser proativa para ter hipóteses: “A UAE e a Soudal vão tornar a corrida muito dura. Como equipa, temos de encontrar o momento certo para nos anteciparmos. Não será nada fácil, porque haverá muito controlo no pelotão – e a dureza da corrida é inegável.”
Mesmo sem os grandes nomes, a Visma entra em Liège com uma estratégia clara: antecipar-se, atacar e resistir. E com Tiesj Benoot num crescendo de forma, não será de espantar se a equipa surgir como protagonista inesperada no quarto Monumento do ano.