Mads Pedersen alheio às críticas sobre a tática da Lidl-Trek na 11ª etapa do Giro: "Se o meu diretor desportivo me diz para acelerar, então eu acelero"

Ciclismo
quarta-feira, 21 maio 2025 a 22:41
madspedersen
A 11.ª etapa da Volta a Itália ficou marcada por um raro impasse entre os homens da geral. Apesar de o perfil do dia favorecer movimentações ambiciosas, os principais candidatos à Camisola Rosa optaram por uma postura conservadora. Apenas Richard Carapaz arriscou na subida final, sendo justamente recompensado com a vitória, enquanto Giulio Ciccone, da Lidl-Trek, fechou o pódio após vencer o sprint do grupo de favoritos.
A tónica da etapa acabou por recair sobre a tática da Lidl-Trek, que gerou confusão entre adeptos e analistas. Numa primeira fase, Mads Pedersen contribuiu para colocar Mathias Vacek na frente da corrida, mas o jovem checo acabou por ceder num terreno demasiado exigente para as suas características. Já no final da etapa, o dinamarquês voltou a emergir no reduzido grupo de favoritos, imprimindo um ritmo elevado na descida, como se preparasse um movimento ofensivo para favorecer Ciccone. Esse ataque, no entanto, nunca aconteceu.
Questionado no final da etapa sobre a sua atuação, Pedersen foi direto: "Estou apenas a fazer o meu trabalho. Se o meu diretor desportivo me diz para acelerar, então eu acelero. Ele é o meu patrão e é ele quem me paga".
O portador da Maglia Ciclamino explicou ainda que manter-se na frente do grupo era, na verdade, a melhor forma de gerir o seu esforço em terreno montanhoso: "Estas longas subidas são horríveis para mim. Tenho de subir ao meu próprio ritmo. Por isso, quando estou na frente, posso controlar melhor a intensidade. Se os outros quiserem passar, estão à vontade".
Sobre a decisão de a Lidl-Trek não ter colaborado mais ativamente na perseguição ao grupo da frente, Pedersen defendeu que não fazia sentido para outras equipas exigirem responsabilidade à sua formação. "O ciclista mais próximo na geral estava a quatro minutos. Para a UAE Team Emirates, isso não representava uma ameaça. E se estivéssemos no lugar deles, teríamos feito exatamente o mesmo".
Pedersen, que já venceu três etapas neste Giro, recusou qualquer sentimento de conforto: "Nunca estou satisfeito. Se houver uma oportunidade, vou tentar aproveitá-la. Vamos pôr um plano em prática e tentar vencer novamente amanhã".
aplausos 0visitantes 0
Escreva um comentário

Últimas notícias

Notícias populares

Últimos Comentarios