Na 11.ª etapa da
Volta a Itália, os ciclistas da
INEOS Grenadiers voltaram a mostrar-se protagonistas. Enquanto
Egan Bernal assumiu as rédeas na subida de San Pellegrino e incendiou a corrida, o seu colega
Thymen Arensman passou por um início de etapa complicado, mas acabou por recuperar terreno e manter-se firme na luta pela geral.
"Hoje senti-me muito mal. Já sabia disso quando acordei, estava muito pesado, inchado. Tinha as pernas duras do contrarrelógio e a humidade também não ajudou”, revelou Arensman ao Eurosport. Apesar das sensações negativas, o neerlandês não entrou em pânico quando se viu distanciado após o ataque de Bernal. "O Egan ainda queria mexer com a corrida, mas eu sabia que a etapa era longa. Decidi manter o meu ritmo, focado, e tentei manter a calma".
A escolha revelou-se acertada. Na longa descida após San Pellegrino, Arensman reconectou-se com os melhores e começou a sentir-se melhor com o avançar dos quilómetros. "Foi um início agressivo e senti-me bloqueado, mas recuperei. A última subida, menos inclinada, ajustava-se melhor ao meu estilo. Quando o Carapaz atacou, senti que estava bem novamente, e isso dá-me confiança".
O diretor desportivo da INEOS Grenadiers, Zak Dempster, confirmou que a equipa já contava com um início mais cauteloso de Arensman, mas destacou a maturidade do ciclista na forma como leu a corrida. "Ele geriu bem o esforço e foi inteligente. Sabíamos que o dia poderia ser complicado para ele, mas recuperou e terminou bem. Isso é o mais importante numa corrida de três semanas".
Com Bernal a mostrar-se cada vez mais competitivo e Arensman firme no top-10, a INEOS continua bem colocada para influenciar a luta pela Camisola Rosa nas próximas etapas. A confiança parece estar a crescer dentro da equipa britânica - e os próximos dias de montanha prometem novas oportunidades.