A 13.ª etapa da
Volta a Itália 2025 confirmou, mais uma vez, o nome do momento:
Mads Pedersen. O sprinter dinamarquês voltou a erguer os braços em vitória, desta feita num final seletivo em subida, somando o seu quarto triunfo individual nesta edição e quinto da equipa
Lidl-Trek, que continua a dominar entre os velocistas e a dar cartas nas decisões táticas.
No final da etapa, Pedersen fez questão de destacar a atuação dos seus colegas de equipa, com especial ênfase em
Mathias Vacek, que protagonizou o ataque mais perigoso da jornada ao seguir a ofensiva de Romain Bardet:
"Queríamos que o Mathias ganhasse a etapa porque ele merece. Se tivesse havido um pouco mais de hesitação no pelotão, ele e o Bardet teriam tido 25 ou 30 segundos. Aí, acreditaria que poderiam ter vencido."
A tentativa acabou neutralizada, mas serviu perfeitamente os interesses da Lidl-Trek, como explica o próprio Pedersen:
"Foi a situação ideal para nós. O Vacek teve a sua oportunidade e nós pudemos ficar sentados, deixando as outras equipas trabalhar. Foi perfeito."
Sprint explosivo... mesmo em subida
Com o pelotão reagrupado no final e a Lidl-Trek a guardar munições, Pedersen lançou-se ao sprint com precisão e potência:
"O timing foi instintivo. Tinha de ir pela direita e arranquei um pouco mais cedo do que tínhamos planeado. Numa subida tão dura, por vezes não faz mal, porque as pernas de todos estão a arder."
O dinamarquês está agora em posição dominante na Classificação por Pontos, vestindo com autoridade a Maglia Ciclamino. No entanto, como já nos habituou, mantém os pés bem assentes no chão:
"Ainda falta muito para Roma", comentou com um sorriso contido, lembrando que nada está garantido até à última meta.
Lidl-Trek em modo de luxo
A Lidl-Trek não só soma vitórias como gere o esforço coletivo com maestria. Mathias Vacek tem sido um dos mais ativos nas fugas e no apoio a Pedersen, e a coesão da equipa tem feito toda a diferença em etapas caóticas e imprevisíveis.
Com Wout van Aert a colocar-se como principal rival nos finais mais exigentes e as etapas planas a escassearem, o dinamarquês sabe que terá de manter o foco para resistir até Roma. Mas se há algo que este Giro já deixou claro, é que Mads Pedersen está na forma da sua vida — e o pelotão inteiro está a sentir isso.
A próxima etapa, com perfil ondulado e chegada técnica em Nova Gorica, pode oferecer mais uma chance de sprint... ou de uma surpresa. Mas o favoritismo, como já se tornou rotina, será garantidamente para Mads Pedersen.