Mark Cavendish dá os parabéns a Biniam Girmay após a histórica vitória de etapa na Volta a França: "É muito bom para ele e para o ciclismo africano. É uma lenda, não é?"

Mark Cavendish tem o seu próprio objetivo, muito falado, de vencer uma etapa para alcançar uma marca histórica na Volta a França de 2024. No entanto, no primeiro sprint da corrida, o Manxman foi travado por uma queda tardia, com Biniam Girmay a ser o vencedor

"Sim, não fui o único. Tive sorte em manter-me de pé", refletiu o sprinter da Astana Qazaqstan Team, numa entrevista após a etapa à ITV Cycling. "Não ouvi e sou demasiado pequeno para ver o que se passa, por isso comecei a ouvir as pessoas a aproximarem-se cada vez mais. Depois, não se trata de pessoas que caem à frente, mas sim de pessoas que nos batem por trás, por isso, quando estou a derrapar, estou apenas à espera de ser atingido por trás. Mas, felizmente, não foi o caso e conseguimos passar".

Cavendish e os restantes membros da Astana Qazaqstan Team apanhados na queda conseguiram escapar sem ferimentos graves. "Acho que estamos todos bem", refere Cavendish sobre as condições dos envolvidos. "Ninguém está gravemente ferido, pois não? Isso é bom. Isso é o mais importante."

Depois de um par de etapas difíceis para a lenda do sprint, Cavendish também se estava a sentir ligeiramente melhor antes da queda. "Não me senti mal, mas acho que ninguém se sentiu muito bem", avalia "Cav", referindo-se às várias mudanças de bicicleta e de pneus. "Sempre fui irrequieto, não fui? Na verdade, não mudei as minhas presilhas uma única vez na minha vida!"

Como já foi referido, enquanto antes da etapa se falava de uma vitória histórica em torno de Cavendish, foi Biniam Girmay que escreveu a sua própria história na etapa 3, tornando-se o primeiro homem negro africano a vencer uma etapa da Volta a França. "O primeiro vencedor de etapa da Eritreia. Lembro-me que o Daniel Teklehaimanot vestiu a camisola às bolinhas, mas este é enorme!" diz Cavendish calorosamente. "Esta corrida é tão importante e o ciclismo é tão importante na Eritreia... Isto é muito bom para ele e para o ciclismo africano. Ele é uma lenda, não é?".