Os dias da carreira profissional de
Mark Cavendish estão a chegar ao fim e, embora se tenha falado em continuar em 2025, o melhor sprinter de sempre começa a pensar na sua vida fora do pelotão profissional.
"Falo muito com a Peta [a sua mulher] sobre a substituição da emoção do que faço. Para mim, no entanto, não se trata de parar, trata-se de começar algo novo", diz o ciclista britânico, de 39 anos à
Men's Health. "Vou andar sempre de bicicleta, mas nos últimos anos sei o que quero fazer depois. Já pus as rodas em movimento para isso. Quero ficar na gestão no desporto, ainda o adoro. Trouxe muita gente para esta equipa [Astana Qazaqstan Team] nos últimos dois anos e sei o que é preciso para ter êxito. Tenho estado a preparar-me para o momento em que não vou correr".
Obviamente, a carreira de Cavendish será mais recordada pelo recorde de 35 vitórias em etapas da
Volta a França, eclipsando o grande recorde de Eddy Merckx, algo que muitos pensavam nunca ser possível. Apesar do rigor extenuante de 24 Grandes Voltas na sua carreira, Cavendish admite que continua a adorar a sensação de estar nas maiores corridas de ciclismo.
Mark Cavendish ganhou 35 etapas da Volta a França em toda a carreira, um recorde
"É de loucos, estamos numa corrida durante um mês em que a hora do pequeno-almoço está marcada, o horário da partida, a massagem, o jantar - tudo tem um horário apertado e está preparado para nós. Tudo o que se faz é existir e fazer. Vive-se numa bolha. É difícil, mas adoro", afirma. "Terminei o Tour porque ganhei uma em cada seis ou sete corridas em que participei, ou algo do género... A maior parte das pessoas pode ter uma vitória em 300, outras não ganham nada. Tendo isso em conta, o tempo que passamos em cima da bicicleta é um sofrimento. É horrível e isso faz parte da realização".
Talvez a gestão no futuro, mas quais são os seus planos imediatos para a vida de reformado? "Já andei de bicicleta mas quero correr, agora. É puro - calça-se os sapatos e pronto! Já combinei fazer a maratona de Paris com o meu irmão", conclui. "Estou ansioso por não ter de acordar e fazer um programa específico no computador. Posso simplesmente pedalar com os meus amigos, não importa se vou rápido ou devagar."