Mathieu van der Poel vai marcar presença no
Critérium du Dauphiné a partir deste domingo, encarando a corrida de uma semana como um passo fundamental na sua preparação para a
Volta a França, apesar de ainda estar em fase de recuperação de uma fratura no pulso.
O ciclista holandês que brilhou esta primavera com triunfos na Milan-Sanremo e na Paris-Roubaix, apenas tem uma vitória na Volta a França, alcançada em 2021, quer aumentar o pecúlio este verão. O Dauphiné surge agora como peça central na sua abordagem à temporada.
De acordo com Christoph Roodhooft, chefe de equipa da
Alpecin-Deceuninck, Van der Poel tem conseguido treinar "razoavelmente bem" nas últimas semanas, embora sem atingir o seu melhor nível de forma.
"Ele estava extremamente motivado para fazer tudo o que fosse possível para alinhar na corrida", afirmou Roodhooft em declarações ao Sporza. "Apesar das dores no pulso, esforçou-se para manter os treinos."
"Não foi o cenário ideal, mas foi bastante positivo. Uns dias correram melhor do que outros, mas o Mathieu mostrou grande capacidade para lidar mentalmente com a situação... No geral, não foi mau, até porque podia ter sido muito pior."
Mathieu van der Poel em Nové Mesto.
A inclusão do Dauphiné no calendário foi decidida após uma análise à Volta a França de 2024, onde Van der Poel demonstrou alguma falta de ritmo competitivo nas etapas iniciais. Embora tenha desempenhado um papel importante no sucesso de Jasper Philipsen nos sprints, a sua prestação individual ficou aquém do esperado.
"No ano passado, notámos que lhe faltava ritmo de corrida na primeira semana da Volta", explicou. "Por isso, quisemos mudar a abordagem este ano, incluindo a Dauphiné no calendário. A participação dele esteve em risco devido à lesão no pulso."
Van der Poel deixou claro que quer chegar à Volta a França com um bom ritmo competitivo, para atacar desde o primeiro dia. "Foi uma decisão muito ponderada. Por isso é tão importante que ele consiga correr a Dauphiné. É essencial para a sua preparação".
Embora as expectativas sejam cautelosas, Van der Poel não pretende limitar-se simplesmente a pedalar no meio do pelotão.
"O que ele poderá fazer no Dauphiné, onde encontrará algumas etapas bem interessantes, ainda é uma incógnita. Se conseguirá vencer logo, isso é outra história. Mas o objetivo é ter ritmo competitivo. E claro, se surgir uma oportunidade de ganhar nas primeiras etapas, ele não a irá desperdiçar", concluiu Roodhooft.