Há dezasseis anos, Merijn Zeeman não se atreveria a sonhar com uma vitória na Volta a França, quanto mais tornar-se DD de uma das melhores equipas do mundo. Quando a Skil - Shimano se estreou no Tour em 2009, um par de 10 primeiros lugares em etapas ao sprint era o máximo que conseguiram. Em 2023, a Team Visma | Lease a Bike conseguiu o impensável ao vencer as três grandes voltas com três ciclistas diferentes.
No entanto ainda há um tom um pouco agridoce na voz de Zeeman quando ele falou com a NOS sobre a sua ultima Volta a França antes de passar para o mundo do futebol. "Uma terceira vitória na Volta a França teria sido a cereja no topo do bolo, mas desde a queda do Jonas na Volta ao País Basco deixei de pensar nisso. A vitória na geral nunca esteve ao nosso alcance".
Ainda assim, Vingegaard teve um bom desempenho em França. Na etapa onze a maré parecia mudar, quando Pogacar foi batido ao sprint por Vingegaard. "Naquela altura havia um fogo aceso: será que vamos conseguir?"
Vingegaard ainda "acendeu a chama" na Visma... que desvaneceu rapidamente.
"Infelizmente obtivemos a resposta muito rapidamente. Começou a ganhar forma, a ganhar vida. No final vimos que o Pogi está em grande forma e tem uma equipa muito boa." Porque onde a Visma melhorou, o mesmo aconteceu com a equipa dos Emirados Árabes Unidos. "Eles melhoraram muito este ano na forma como correm, isso ficou evidente."
Depois de catorze participações na Volta a França, Zeeman tem agora pela frente um desafio diferente. "Não vou sentir falta do cansaço extremo. Além disso, todos os anos passo um mês inteiro longe da minha família. Estou ansioso por estar um pouco mais por casa" finalizou.