Merlier reforça estatuto de rei dos sprints com vitória no Scheldeprijs

Enquanto os trepadores se destacavam na Volta ao País Basco, a Bélgica foi palco de mais uma exibição de classe por parte de Tim Merlier, que voltou a provar por que razão é, até agora, o sprinter mais vitorioso de 2024. O belga da Soudal – Quick-Step conquistou esta quarta-feira a clássica Scheldeprijs, impondo-se num sprint puro em Schoten.

A jornada foi, como habitual nesta corrida, marcada por um perfil plano e sem grandes dificuldades de percurso. Um quarteto animou as primeiras horas da corrida: Baptiste Veistroffer, Tuur Dens, Ceriel Desal e Tijmen Eising formaram a fuga do dia, mas o pelotão nunca os deixou ganhar grande margem. A missão estava claramente definida desde o quilómetro zero: sprint massivo.

O último resistente da frente foi Ceriel Desal, que ainda tentou prolongar a aventura solitária até aos 10 quilómetros finais, mas acabou absorvido com o pelotão já em velocidade crescente. No entanto, o momento que mais marcou a corrida foi uma queda coletiva a 12 km da meta, que fraturou completamente o grupo e afastou vários sprinters da discussão final.

Com muitos dos nomes habituais fora de posição, a Lidl-Trek foi das equipas que melhor organizou o lançamento nos quilómetros finais, colocando os seus homens bem na frente na aproximação decisiva. Jasper Philipsen da Alpecin-Deceuninck foi o primeiro a lançar o sprint e parecia em boa posição para somar nova vitória, mas Merlier, em grande forma, veio embalado pela roda certa e ultrapassou o compatriota nos metros finais, batendo-o com autoridade.

Matteo Moschetti, da Q36.5, fechou o pódio com um excelente terceiro lugar, confirmando o bom momento da sua equipa nas chegadas rápidas.

Com este triunfo, Tim Merlier reforça o seu estatuto como um dos sprinters mais regulares e dominantes da temporada, e esta vitória em casa, numa das clássicas belgas mais tradicionais para os homens rápidos, só vem consolidar a sua reputação. A sua leitura de corrida, posicionamento e capacidade de aceleração final continuam a colocá-lo um degrau acima da concorrência.

A Soudal – Quick-Step, apesar das críticas em clássicas recentes, volta assim a saborear uma vitória importante — e com Merlier em alta, o comboio da equipa tem argumentos para continuar a dominar os finais em linha.