Michael Matthews optou por não seguir o françês e o esloveno num dos momentos chave: "O Alaphilippe atacou muito cedo, depois vimos o que lhe aconteceu"

Ciclismo
domingo, 20 abril 2025 a 23:42
matthews
Michael Matthews voltou a mostrar consistência nas grandes clássicas ao conquistar o 5.º lugar na Amstel Gold Race 2025, realizada este domingo. O australiano da Team Jayco AlUla esteve perto do pódio, mas optou por uma abordagem mais conservadora no momento chave da corrida, decisão que explicou após passar a linha de meta em declarações à CyclingPro Net.
“Começou tudo a cerca de 50 quilómetros do fim com o ataque do Julian Alaphilippe”, recordou Matthews. “Estava bem posicionado quando atacaram... mas não podia ir com eles naquele momento. Parecia um pouco cedo demais para ir tão a fundo. E vimos o que aconteceu ao Alaphilippe a subir duas colinas depois. Por isso, acho que foi uma boa decisão não gastar tudo ali.”
A leitura táctica de Matthews foi pragmática, especialmente tendo em conta a movimentação de Tadej Pogacar, que voltou a fazer uso da sua força impressionante para mexer com a corrida.
“Se virmos a forma como o Tadej está a correr neste momento, ele consegue fazer tudo. Foi, sem dúvida, mais uma exibição fortíssima.”

Uma perseguição comprometida

Matthews apontou ainda para a complexidade da perseguição atrás dos fugitivos. Com apenas um ciclista de cada equipa principal representado no grupo da frente - UAE, Trek e Soudal-QuickStep - a colaboração entre os ciclistas tornou-se inconsistente.
“Quando cada uma dessas equipas tem um ciclista na frente, todos eles atrapalham um pouco a perseguição cá atrás. Estávamos a aproximar-nos e eu estava bastante confiante de que íamos apanhá-los. Mas depois começaram os ataques individuais... e já era um pouco tarde demais.”
Apesar de ter ficado a dois lugares do pódio, Matthews destacou a importância do resultado para a sua equipa, especialmente no contexto da corrida pelos pontos para o Ranking UCI, fundamental na luta pela manutenção no World Tour.
“Os cinco primeiros lugares são sempre bons numa clássica. Também por causa dos pontos, que são muito importantes para nós este ano. Por isso, foi uma boa quantidade de pontos que conquistamos hoje. Podemos estar contentes com o resultado.”
“Obviamente viemos aqui a pensar no pódio... mas sim, acabamos dois lugares abaixo. Acho que podemos estar orgulhosos da nossa corrida.”
A regularidade de Matthews continua a ser um trunfo importante para a Jayco AlUla numa temporada em que cada ponto conta e onde a experiência em finais seletivos pode fazer a diferença nas próximas corridas das Ardenas.
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